segunda-feira, outubro 23, 2006

Revolução no campo

(Reproduzido do Blog do Nassif)

Uma das mais promissoras experiências sócio-econômicas brasileiras do momento ocorre no município piauiense de São Raimundo Nonato. 7.700 famílias, com três ou quatro filhos em média, estão sendo incorporados à economia formal graças ao programa do biodiesel. As famílias fazem parte do projeto de produção de diesel de mamona, vencido pela empresa holandesa Brasil Ecodiesel, para fornecer para a Agência Nacional de Petróleo. Para ter direito a incentivos fiscais, além do Selo Verde, a empresa precisa do Selo de Responsabilidade Social, adquirindo 30% da produção de agricultura familiar.

O projeto está sendo coordenador pelo Banco do Brasil, mas envolve um sem-número de instituições. Implantado, servirá de modelo para outras experiências do gênero. Até agora já entraram 28 municípios no projeto. No próximo ano, mais quatorze. Já existem experiência em andamento no Vale do Jequitinhonha, Vale do Mucuri, em Minas, na Bacia do Rio Itabapoana, do Rio de Janeiro.

A análise do Banco do Brasil é puramente econômica. No Brasil são cinco milhões de propriedades rurais, das quais 4,1 milhões são familiares. Do lado do BB, a ação visa mitigar o risco. Para garantir o crescimento e a solvência das famílias, o banco estimulou culturas consorciadas de mamona com feijão caupi e apicultura, fugindo da monocultura e consolidando o conceito de território, através de consórcios entre municípios.

Da parte do banco, utiliza-se a linha do Pronaf (Programa de Financiamento da Agricultura Familiar). Nele, o desenvolvimento econômico é apenas uma perna. Para garantir a sustentabilidade do projeto, tem que se trabalhar o desenvolvimento de pessoas, senão a distribuição de renda ficará prejudicada. O fator crítico de sucesso são as parcerias entre União, governos do estado, prefeituras, Sebrae, Embrapa e movimentos sociais.

Cada família recebe um financiamento de R$2 mil, utilizados na compra de insumos, e avalizado pela empresa compradora. No caso do óleo de mamona, é a Brasil Ecodiesel. O feijão e mel são adquiridos pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). As compradoras garantem assistência técnica e capacitação.

Um dos pontos centrais da experiência é agregar valor à cadeia produtiva, mas respeitando as culturas locais. Se não agregar valor à farinha de mandioca, por exemplo, os pequenos agricultores vão acabar queimando mangue para produzir farinha, e jogando fora a casca de mandioca, que poderá ser utilizada como ração animal.

O projeto não vale apenas para o nordeste. Santa Catarina registra o maior índice de migração interna - cerca de 120 municípios reduziram de tamanho nos últimos cinco anos, porque não propiciam mobilidade econômica, obrigando os jovens mais preparados a migrarem para outros estados. Com o programa, será possível criar novos empregos no campo que não os meramente agrícolas.

O próximo passo do banco será contratar uma consultoria para analisar os impactos sociais da estratégia. Será externa para segregar a parte bancária da parte social. Pelos cálculos até agora, os pequenos agricultores já conseguem uma renda de R$1.200,00 mensais.

3 comentários:

Anônimo disse...

Fotos mentem?


Perguntado ontem sobre as providências que o Governo pretendia tomar para ajudar a contornar a situação de penúria das famílias assentadas na parte dois da Fazenda Itamarati e evitar o apodrecimento de uma estrutura pela qual a União desembolsou a bagatela de R$ 55,7 milhões, o governador José Orcírio simplesmente respondeu que "primeiro, desmentir o Correio do Estado, um jornal mentiroso, de má-fé, que usa da canalhice para inventar coisas, para jogar a opinião pública contra o Governo, contra a reforma agrária". Mais adiante, contudo, admitiu que "é temporário.

Aquilo é um processo novo, ainda em regularização, que também vai ser, evidentemente, superadas as dificuldades..." Ou seja, crianças comem arroz puro e até quirera de milho um ano depois de terem recebido lotes nas terras mais produtivas de Mato Grosso do Sul e o Correio do Estado é que é canalha.

Famílias tidas pelo Incra como aptas para atuar na agricultura revelam que chegam a trocar ferramentas de trabalho por comida e o jornal é que precisa ser desmentido.

Para o governador, que é pretendente ao cargo de ministro da Reforma Agrária em caso de vitória de Lula à Presidência, parece ser algo normal que no começo de um "assentamento modelo" os filhos dos pretensos agricultores passem fome. Também parece ser inevitável que armazéns, pivôs de irrigação, imóveis, rede de eletrificação elétrica sejam depredados, até porque ele deixou que o mesmo ocorresse com o prédio da rodoviária, em plena região central de Campo Grande. As coisas são assim mesmo, dá a entender a autoridade máxima de Mato Grosso do Sul. E, sem argumentos para explicar a vergonhosa situação, apela ao falacioso argumento de desqualificar o jornal, como se as fotos e os depoimentos fossem produção cinematográfica. Nada mais elogiável num homem, ocupe ele função pública ou não, que o fato de reconhecer que tudo na vida precisa ser melhorado e que muita coisa não acontece da forma como se gostaria que acontecesse. Porém, nada mais deplorável num homem que a arrogância de simplesmente ignorar os fatos e encobrir o sol com a peneira, como se as crianças disputando um prato com arroz puro com um magro cão fossem fruto da imaginação de inimigos da reforma agrária. É evidente que uma semente precisa ser colocada na terra para germinar, crescer e somente após determinado período é que os frutos podem ser colhidos. Tudo a seu tempo. Ela só brota, contudo, quando plantada na época correta, em local adequado e somente dará fruto se receber os devidos cuidados. No caso da Itamarati, porém, assim como em tantos outros assentamentos no Estado, desembolsou-se dinheiro público, e muito, para lançar sementes de qualidade duvidável, em locais questionáveis, fora de época e esqueceu-se do principal, garantir condições para que ela germinasse e gerasse frutos. E o governador José Orcírio ainda quer ser o responsável nacional pelo programa de reforma agrária.

O LULLA VISITOU O ASSENTAMENTO EM 2002 E DIRIGIU UMA COLHEITADEIRA (QUE ELE NÃO SABIA QUE ERA DE ARRENDATÁRIOS DOS SEM-TERRA, PENSOU QUE FOSSE DOS ASSENTADOS)

Anônimo disse...

ESTE É O "ASSENTAMENTO MODELO" DO PT!


Durante o reinado do empresário Olacyr de Moraes, a Fazenda Itamarati, transformada em megaassentamento, chegou a produzir 99 mil toneladas de soja, que encheram 1,650 milhão de sacas de 60 quilos, além de milhares de cabeças de gado. Somente com uma safra de verão, conforme dados obtidos com o ex-funcionário da propriedade, Sebastião Ferreira Bezerra, 46 anos, que se tornou um dos 2.892 assentados no local, o faturamento da propriedade seria de R$ 44,5 milhões, de acordo com a cotação do mercado agrícola de ontem.

Se fosse considerar o aumento da produtividade obtida por hectare, a produção de soja nos 40 mil hectares da Fazenda Itamarati poderia ampliar ainda mais o faturamento do empresário. No entanto, Olacyr de Moraes acabou abrindo mão da propriedade de 50 mil hectares para dá-la em pagamento de dívida ao Banco Itaú. O Governo federal adquiriu a propriedade da Tajhyre S/A Agropecuária, que a leiloou como garantia de penhora.

Transformada em assentamento, segundo dados divulgados na época da colheita em 2003, a propriedade até chegou a produzir 60 mil toneladas de grãos, milho e soja. Atualmente, conforme a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Agrário (SDA), os assentados plantam milho, soja, mandioca, melancia e abóbora cabotiã numa extensão de 1,8 mil hectares.

Além disso, segundo o órgão oficial, responsável pela assistência técnica, o Assentamento Itamarati I produz 3,8 mil bezerros por ano. Eles ainda tiram 35 mil litros de leite por dia, o que lhes dá renda diária de R$ 13,6 mil. O órgão não informa quantas famílias sobrevivem da renda do produto.

A produção em larga escala, com dezenas de tratores e colhetadeiras foi substituída por uma de subsistência. Endividados, segundo as famílias e os arrendatários, os assentados venderam os equipamentos e maquinários. Sem alternativa, passaram a arrendar praticamente toda a área irrigada para terceiros e ficam com apenas 25% do total produzido na área. O Idaterra e a SDA admitem a "parceria", mas contestam o percentual de 64% da área em poder de produtores não assentados na área. Os órgãos estimam que a área arrendada totaliza "26,45%".

Das 2,8 mil famílias assentadas, as 1,6 mil, da parte II, ainda não começaram a produzir. Parte sobrevive do Bolsa-Família, no valor de R$ 95 por mês, e outras, sem benefício, ainda passam fome ou sobrevivem comendo quirera.

Da extensa área de soja, cartão postal que atraiu comitivas de chineses, japoneses, norte-americanos e europeus, ficou o projeto de dois assentamentos modelo. Mas os projetos ainda patinam na burocracia e na falta de liberação de recursos


http://www.correiodoestado.com.br/exibir.asp?chave=140240,1,5,23-10-2006

Anônimo disse...

Governo compra 6,3 mil sacas de feijão dos assentados da Fazenda Itamarati


Sexta, 01 de agosto de 2003
O governo federal vai comprar 1,65 mil sacas de feijão produzidas pelos trabalhadores rurais do Assentamento Itamarati, em Ponta Porã (MS). A compra direta dos produtores familiares, que acontece nesta sexta (1º), é uma das modalidades previstas no Programa de Compras Públicas, lançado com o Plano Safra para a Agricultura Familiar no último mês de junho. Foram repassados aos assentados R$ 280 mil por meio da Cédula de Produtor Rural (CPR), mecanismo que possibilita que o governo antecipe recursos aos produtos para o plantio. Mais de sete mil sacas serão colhidas nos 290 hectares de área cultivada. Para pagar o financiamento, os assentados vão devolver ao governo 4,66 mil sacas de feijão, que serão doadas ao Programa Fome Zero.

Em março, os produtores fizeram a primeira doação, de 15 toneladas de milho, ao Fome Zero. “O Assentamento Itamarati foi pioneiro na experiência de receber os recursos antecipados para o plantio do feijão. Provamos que iniciativas como essa podem alavancar a produção, melhorar a vida dos pequenos agricultores e resolver o problema da fome”, enfatizou o coordenador estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Egidio Brunetto. Ele informou que serão compradas 41 sacas de feijão por família ao preço de R$ 60,00. O Programa estabelece que o governo compre a produção até o limite de R$ 2,5 mil por família.

Os ministros José Graziano da Silva, de Segurança Alimentar e Combate à Fome, e Miguel Rossetto, do Desenvolvimento Agrário, vão participar da solenidade. A visita à Fazenda Itamarati será a partir das 14h. O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Luís Carlos Guedes, o presidente do Banco do Brasil, Cássio Casseb Lima, e o vice-governador do Estado, Egon Krakecke, também participam da cerimônia.

Segundo um dos diretores da Conab, Silvio Porto, poderão ser adquiridos até 10 mil sacas de feijão do assentamento na safra 2003/2004. Também está prevista a aquisição de parte da produção de milho. A compra direta só está sendo concretizada porque o governo federal editou uma medida provisória que permitiu a aquisição dos produtos agrícolas que forem utilizados em ações de combate à fome (merenda escolar e composição de cestas básicas, por exemplo) sem ser preciso atender à Lei das Licitações (8.666).

Financiamento

O Ministério de Segurança Alimentar vai aplicar R$ 400 milhões até o final do ano na aquisição de produtos da agricultura familiar. Além do feijão, o governo federal está comprando arroz, milho, farinha de mandioca, leite em pó, rapadura e mel dos agricultores familiares e assentados de todo o Brasil.
Na última quarta-feira (30), a Conab inaugurou 15 Pólos de Compra em quatro estados: Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Até o final de agosto, mais 50 municípios da região Norte e Nordeste vão instalar os pólos. Até o final de 2003, o governo espera investir R$ 400 milhões no programa. Para 2004, a previsão de é de R$ 1 bilhão.

Assentamento

Símbolo da monocultura da soja na década de 80, o Assentamento Itamarati abriga atualmente 1.143 famílias numa área de 25 mil hectares, dos quais 4,8 são de preservação permanente. Além dos 7,8 mil hectares de área irrigada por pivô central, a fazenda conta com 65 hectares de lâmina de água, apropriados para a piscicultura. Criado em 2000 a partir de um convênio entre o MDA e o governo estadual, o assentamento contempla famílias ligadas a quatro movimentos sociais: Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terrra, Central Única dos Trabalhadores, Federação dos Trabalhadores na Agricultura e Associação dos Moradores e ex-Funcionários da Fazenda Itamarati. O imóvel estava sendo leiloado e foi adquirido, a partir do convênio, para a criação do assentamento.


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Adiantaram dinheiro pros "vagabundos" do MST e agora a fazenda modelo está sucateada e esperando mais "milhões" pra resolver "de novo" o mesmo problema!
ELEITOR INTELIGENTE NÃO REELEGE PRESIDENTE!!

AINDA MAIS UM CORRUPTO E MENTIROSO!!!

http://www.google.com.br/search?sourceid=navclient&ie=UTF-8&rls=GGLR,GGLR:2006-03,GGLR:en&q=O+MAIOR+MENTIROSO+DO+BRASIL

"É isso que dá dar terra pra quem não sabe palntar"