domingo, outubro 15, 2006

Contra fatos não há argumentos!

Recebi por e-mail, do leitor Miguel Freitas, uma compilação, organizada por ele, de informações e comparações entre Lula, FHC e Alckmin. Não há grandes novidades em relação ao que já falamos neste blog repetidas vezes, mas, além de explicar fatos de forma clara e acessível, sempre acompanhados de números, faz questão de citar sempre as fontes de onde tirou as informações. Aliás, Miguel faz uma bela defesa do exercício do raciocínio crítico por parte do leitor, esclarecendo que só constam nos seus arquivos informações que podem ser comprovadas, e advertindo que não serão encontrados lá fatos especulativos. Um belo trabalho, sugiro a todos que leiam e repassem aos seus conhecidos.

CLIQUE AQUI para ver as informações em powerpoint ou CLIQUE AQUI aqui para ver em pdf. O conteúdo dos dois arquivos é o mesmo.


A seguir, alguns aperitivos, mas vale a pena acessar um dos arquivos para ver gráficos, checar fontes e ver que até algumas capas da "ilibada" revista veja comprovam o que é dito:


DÍVIDA PÚBLICA

Do Estado de São Paulo: "O presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou ontem (16/07/1997) a Lei Geral das Telecomunicações e disse que o dinheiro obtido com a privatização será usado para abater a dívida pública. Segundo FH, isso será cumprido de maneira obsessiva e "não haverá ano eleitoral" capaz de fazê-lo mudar essa decisão."

Mesmo privatizando diversas empresas estatais, o governo FHC (Jan95 – Jan03) ainda conseguiu causar um crescimento real da dívida de 182% (quase triplicou).


PRIVATIZAÇÕES

Luiz Carlos Mendonça de Barros (na época ministro das comunicações, atual consultor econômico do Alckmin) conversa com André Lara Resende (na época presidente do BNDES) como seria montada uma operação, um "esquema", para favorecer o Opportunity do Daniel Dantas no leilão da Telebrás. Até FHC foi chamado para interferir e convencer os fundos de pensão a participarem. As conversas foram gravadas e vazaram para a imprensa.

A Vale do Rio Doce foi vendida por R$3,4 bilhões e hoje é avaliada em quase R$100 bilhões. Milagre administrativo? Pouco provável. As condições da privatização são contestadas na justiça com indícios de que a empresa teria sido sub-avaliada.


Entrevista com Geraldo Alckmin, para o jornal O Globo em 15/01/2006:

O Globo: Que tipo de empresa o senhor acha que se enquadraria em futuras privatizações?
Alckmin: "Bancos estaduais. A maioria já foi privatizada, mas deveriam ser todos. Tem muita coisa que se pode avançar. Susep, sistema de seguros, tem muita coisa que se pode privatizar".


(IR)RESPONSABILIDADE FISCAL

FHC triplicou a dívida pública, manteve o real super-valorizado para se reeleger, quebrou o país três vezes (1998, 2001 e 2002) tendo que pedir auxílio ao FMI, privatizou empresas públicas favorecendo grupos econômicos, recebendo em troca as famosas "moedas podres" e dinheiro do próprio governo (via BNDES).


POLÍCIA FEDERAL

No governo Lula:
- Mais de 280 operações em 3 anos e meio (no 2º mandato de FHC, cerca de 60).
- Operações que prenderam criminosos, corruptos, sonegadores entre outros figurões que nunca tinham sido incomodados (presidente do Tribunal de Justiça, dona de loja de produtos importados de luxo, doleiros e até membros do partido do governo!)
- A PF tem mais recursos, mais do que o dobro do número de agentes (11 mil) e trabalha com independência.

No governo FHC:
Em 1995, ao saber que estava sendo investigado pela PF, ACM ligou para o diretor geral Wilson Romão e ameaçou usar a polícia civil para prender o delegado federal Roberto Chagas Monteiro. Resultado: as investigações foram suspensas e o delegado foi mandado para a Argentina!


A ÉTICA DO PSDB

FHC inventa a ética com prazo de validade: "A crise é hoje. O que aconteceu no passado, no meu governo, é coisa da História".

Geraldo Brindeiro, conhecido como Engavetador Geral do governo passado "engavetou" 242 inquéritos e arquivou outros 217 envolvendo deputados, senadores, ministros, ex-ministros e o próprio FHC.

Alckmin conseguiu barrar a abertura de todos os 69 pedidos de CPI protocolados na atual legislatura da Assembléia de SP.

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