A campanha de Alckmin diz estar sendo vítima de "terrorismo eleitoral".
A leitura do programa de governo do candidato tucano mostra outra coisa.
Lá se defende a seguinte meta: cortar o equivalente a 4,4% do PIB, nas despesas governamentais. Algo como 80 bilhões de reais.
Portanto, um corte superior ao proposto por Yoshiaki Nakano, assessor de Geraldo Alckmin e apontado como possível ministro da Fazenda, num hipotético retorno dos tucanos ao governo federal.
Quem ouve falar desta proposta de "ajuste fiscal" e lembra do que ocorreu nos governos FHC e Alckmin, tem todo o direito de perguntar: onde será feito este corte?
Nas aposentadorias e pensões? No Bolsa Família? Na manutenção das estradas? No salário mínimo? Ou no salário dos servidores? No ProUni? Paralisando as novas universidades? Na agricultura familiar? Ou na reforma agrária? No programa de Saúde da Família?
Segundo Guido Mantega, ministro da Fazenda do governo Lula, "é impossível cortar 3% do PIB sem acabar com programas sociais".
Frente a repercussão negativa das declarações de Nakano, Alckmin disse que "pelo meu governo só falo eu".
Mas como tal governo não existe, vale o programa de governo, que defende um ajuste fiscal de 4,4%.
Isto sim é terrorismo. Denunciar isto é apenas legítima defesa.
Política externa
Felizmente para o Brasil e para o mundo, a política externa virou pauta da disputa presidencial.
O candidato tucano considera que a política externa desenvolvida pelo governo Lula é "um fracasso".
Isto não é verdade.
Por qualquer parâmetro que se observe - do comercial ao político, do cultural ao diplomático - a política externa do governo Lula é boa para o mundo e boa principalmente para o Brasil.
Entre outras coisas, porque trata-se de uma política externa soberana, que não depende nem se submete aos interesses das grandes potências.
O contrário do que foi a política externa do governo FHC.
Mas, afinal, qual a proposta de política externa do governo Alckmin?
O programa de governo de Alckmin fala em "intensificar as relações com os centros mais dinâmicos da economia global, sem descuidar de nossas ligações, interesses e obrigações históricas com os países menos desenvolvidos".
Segundo os formuladores do programa de Alckmin, seu hipotético governo faria nossa política externa voltar "a seu leito natural". Noutras palavras, "restabelecer a prioridade das relações com os países desenvolvidos".
Para o caso de alguém ter dúvidas sobre o que isto significa, o programa de Alckmin é explícito. Fala em "atuar pela retomada das negociações da Alca e explorar as possibilidades de acordos bilaterais de livre comércio como passos transitórios do processo de integração continental".
Ao mesmo tempo em que defende ressuscitar a Alca, o programa de governo de Alckmin defende uma "ampla reflexão sobre o Mercosul".
Noutras palavras: Alckmin propõe "reflexão" sobre aquilo que interessa aos brasileiros e submissão aos interesses norte-americanos.
Alca e ajuste fiscal, convenhamos, são propostas assustadoras.
Se há algum terrorismo eleitoral, portanto, ele vem da coligação encabeçada pelos tucanos e de sua vontade de fazer o país voltar aos tempos de FHC.
sexta-feira, outubro 13, 2006
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2 comentários:
VISÃO DO INFERNO!
Se, por uma imensa desgraça, Alckmin for eleito, o país ficará ingovernável. Isso não se dará por radicalização ou vingança dos que apóiam o governo Lula. Uma eventual eleição de Alckmin tornará o país ingovernável por causa do aumento dos juros, aumento do dólar e da inflação, queda da credibilidade de investidores, arrocho salarial, aumento do desemprego, queda nas exportações, diminuição drástica nos programas sociais, como o Bolsa Família, diminuição do crédito. Alckmin trará de volta o caos econômico e social. Todos serão atingidos: sem emprego não há salário, sem salário as vendas despencam, sem vendas a produção industrial cai e o desemprego aumenta. Alckmin, sem investimentos estrangeiros, terá que privatizar e recorrer ao FMI. Vai entregar nossas estatais, como a Petrobras, e trazer de volta a política recessiva do FMI. Vão voltar as falências das empresas, os despejos por falta de pagamento, o aumento da miséria, o aumento da violência. Alckmin espera que o povo assista a tudo isso sem reagir? É obvio que o povo vai reagir. É certo que os movimentos sociais vão às ruas para uma reação contra a incompetência de um governo Alckmin. Destruir tudo o que foi feito até agora em benefício de dezenas de milhões de brasileiros e voltar a governar para uma pequena e rica parcela da sociedade é pedir uma reação violenta do povo. O povo, com o governo Lula, acostumou-se com dignidade e respeito, com avanços sociais e econômicos. O governo Lula não desmontou o Estado, não privatizou, não usou o FMI (ao contrário, livrou-nos do FMI). O governo Lula, diferentemente de FHC do PSDB de Alckmin, criou mais de 7 milhões de empregos. Alckmin não vai tolerar o PROUNI, não vai querer gastar dinheiro com pobres -- vai acabar com o PROUNI. Ele não vai ampliar o Bolsa Família, nem sequer vai manter as 11.1 milhões de famílias que estão sendo atendidas, pelo simples motivo de que o PSDB/PFL de Alckmin não governa para os mais necessitados. Alckmin não vai discutir com os movimentos socais, ele vai fazer como fez em SP com os estudantes, vai mandar a policia descer o cassetete no povo para acabar com as manifestações. Ao contrário do que se espalha, não são os movimentos sociais que impossibilitarão um governo Alckmin, o povo apenas irá reagir contra a ingovernabilidade. Os apoiadores de Alckmin, os que comporiam o governo Alckmin, são os mesmos que foram governo durante 8 anos e afundaram o Brasil. FHC quebrou o país 3 vezes, FHC só volta a ser governo pelas mãos de Alckmin, pois o povo não o elegerá nunca mais, e ele sabe disso. O empenho de FHC para eleger Alckmin é imenso, pois ele quer voltar ao poder mesmo contra a vontade do povo. Pensem nessa situação: Alckmin se elege, traz para serem seus ministros FHC, Garotinho, Saulo PCC, ACM ou ACminho, A. Virgilio 3% e outros trastes que não conseguiram reeleger-se. Acabou o Brasil. Para evitar tudo isso, para continuarmos a ter emprego, diminuição da miséria, redistribuição de renda, uma economia sólida e crescimento duradouro, é Lula de novo com a força do povo.
Jussara Seixas
http://por1novobrasil.blogspot.com/
SEM MEDO DE SER FELIZ!
LULA 2006
DÀ-LHE, JUSSARA! :-)
bem-vinda!
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