Em um comício que reuniu mais de 30 mil pessoas em Salvador, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou, em números, que mesmo a Bahia tendo sido governada por adversários políticos, não deixou de receber benefícios sociais, como o Bolsa Família e o Programa Luz para Todos. No comício, que teve a presença do governador eleito, Jaques Wagner, e do candidato eleito para o Senado, João Durval (PDT), além do prefeito de Salvador, João Henrique (PDT), o presidente criticou quem o acusa de querer dividir o país entre ricos e pobres.
"Agora estão dizendo que quero dividir o Brasil entre pobres e ricos. O que não quero é que o Brasil tenha pobres", disse Lula. "Essa divisão já existia antes de eu nascer", acrescentou Lula. No discurso, o presidente falou que seu governo atendeu 1,4 milhão de famílias com o Bolsa Família e mais 500 mil pessoas com o Luz para Todos. Segundo ele, a oposição diz que os programas sociais são gastos, quando, na verdade, são investimentos num país mais justo. "Entre construir um metro de asfalto e dar um prato de comida para uma criança que tem fome, prefiro dar o prato de comida", ressaltou o presidente.
Na Bahia, Lula voltou a falar que a intenção de seus adversários em acabar com o PT não prevaleceu no primeiro turno das eleições. "Foi o partido mais votado", afirmou, ressaltando que o próprio partido na Bahia acabou com um domínio político que já durava 16 anos. "A Bahia está dando uma lição de consciência política", disse o presidente, elogiando Jaques Wagner por ter feito uma aliança com outros partidos de oposição ao "carlismo" - alguns que nem mesmo são aliados da base governista, como o PPS e o PDT. O prefeito de Salvador confirmou que, para estar com Lula, teve que romper com o PDT. "Estar com Lula é estar com o povo", disse João Henrique.
Mais uma vez, Lula mostrou os números da economia brasileira, fazendo uma comparação com o governo anterior. "Eles privatizaram tudo. E onde está o dinheiro? Eles não sabem administrar, só sabem vender o patrimônio público para pagar dívidas que eles contraíram", disse Lula, acrescentando: "Mas nós, que éramos acusados de não saber administrar o país, estamos deixando um saldo positivo de R$47 bilhões na balança comercial. Quando esta elite governava, todos os anos os ministros deles viajavam para pedir dinheiro emprestado ao FMI. Mas nós chamamos o FMI e dissemos: toma aqui o que é de vocês, porque nós não queremos palpite em nosso governo".
Lula afirmou que o povo já está percebendo com mais clareza o preconceito que a elite tem contra os nordestinos e, neste segundo, irá perceber ainda com mais clareza. "A elite vê o nordestino como mão-de-obra. Mas além de pedreiro, o nordestino quer ser também engenheiro. Por isso estamos investindo em universidades. Vamos abrir uma extensão universitária em cada cidade pólo do Brasil. Uma escola técnica em cada cidade pólo do Brasil e vamos melhorar o salário dos professores. Quatro anos é muito pouco para arrumar o desmonte de 500 anos", finalizou o presidente.
domingo, outubro 08, 2006
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