A Coordenação de Mobilização da Campanha Lula confirmou a próxima quinta-feira, 19 de outubro, como o Dia Nacional de Luta e Campanha em Apoio à Reeleição. Nessa data, entidades sociais, estudantis e sindicais vão promover manifestações em todo o Brasil, sobretudo nas capitais, em defesa da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
As atividades serão promovidas pela Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) e pela Assembléia Popular. Uma reunião com cerca de 70 lideranças definiu, na segunda-feira (09/10), as bases da atividade. "Algumas entidades não deram apoio claro a Lula no primeiro turno. Agora, com o risco da volta do PSDB e do retrocesso, viram que, fora a reeleição, não há mais saída", afirmou João Batista Lemos, coordenador nacional da Corrente Sindical Classista (CSC).
Além do Dia Nacional, as dezenas de entidades representadas devem ter agenda própria de campanha. Para este fim de semana (14 e 15), os movimentos agendaram o lançamento de um manifesto pró-Lula. O texto é assinado pelas principais entidades brasileiras, como CUT, UNE e MST.
Confira a íntegra do texto:
Com Lula, para derrotar a direita nas urnas e nas ruas
O Brasil vive momentos de decisão. É da ação de cada um de nós nestes próximos dias que depende o nosso futuro. É do nosso voto que depende o emprego, o salário, a saúde, a segurança e a educação desta e das futuras gerações, mas também o direito ao riso, ao lazer, ao sonho e à esperança.
Com Lula e as mobilizações sociais, temos a expectativa da construção de um projeto popular, nacional e antineoliberal, com mudanças na política econômica que tenham como foco a distribuição da riqueza e o fortalecimento do Estado como impulsionador do desenvolvimento com políticas universais na saúde, educação, moradia e reforma agrária, alavancando a integração soberana do Brasil na América Latina, que se contraponha aos acordos de livre comércio propostos pelos EUA.
No dia 29, mais do que defender a reeleição do presidente Lula, estaremos nas ruas para defender um projeto de país onde caibam todos e em que o povo seja protagonista.
O tempo é de definição.
De um lado temos a direita golpista, representada pelo PSDB-PFL e os meios de comunicação. Por mais que tentem temperar o chuchu, o cardápio é o mesmo: Geraldo Alckmin é mais de FHC, das privatizações, dos vampiros, do arrocho e do desemprego. Ou pensam que o povo esqueceu a frustrada tentativa de acabar com as férias, o 13º e a licença-maternidade? E o abandono da segurança e o crescimento do PCC?
Geraldo é o candidato do apagão, da dengue, da corrupção da Nossa Caixa e no CDHU, da submissão à Alca, da desnacionalização da Companhia Vale do Rio Doce. Em São Paulo, foi ele quem dirigiu as privatizações, doou o Banespa, multiplicou os pedágios e entregou nossa energia elétrica aos americanos. Por que a reação histérica quando é denunciado por querer privatizar a Petrobrás, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal?
De outro lado, o presidente Lula começou a virar esta triste página retomando o desenvolvimento nacional. Em pouco mais de três anos e meio, foram gerados mais de 7 milhões de empregos (contra apenas 1 em oito anos de FHC). O salário mínimo é o maior dos últimos 25 anos, os recursos para a agricultura familiar foram multiplicados por quatro, e a universidade se abre para os filhos do trabalhador. As cotas no ensino superior são garantidas para os afro-descendentes e as pessoas com deficiência vêem assegurados os seus direitos. Está em curso uma política de valorização e aumento dos benefícios dos 24 milhões de aposentados e pensionistas e, após 12 anos, o Estatuto do Idoso foi regulamentado.
Hoje, ao contrário do desastre neoliberal, temos a possibilidade real de aprofundar as mudanças, colocando uma pá de cal nos representantes do passado.
A vitória de Lula abre caminho para que possamos seguir unidos, lutando por mudanças reais rumo a um futuro de progresso, justiça e liberdade. Com a luta e organização do povo, derrotar a direita de novo!
Desde o primeiro turno, o apoio a Lula era amplo nas entidades, com destaque para a adesão institucional da CUT, aprovada no 9º Congresso da central. Lideranças ligadas a UNE, MST e outras entidades também aderiram à campanha, mas de forma autônoma. A polarização das eleições praticamente "fechou o cerco" às organizações, que resolvem ir às ruas para evitar a volta do tucanato ao poder.
(reproduzido do site http://www.vermelho.org.br)
sábado, outubro 14, 2006
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