Mino Carta
Aos internautas que perguntam se, de fato, o governo de FHC foi o pior da história, esclareço, de saída: não me refiro aos 21 anos da ditadura dos generais. Ali situo a segunda maior tragédia do Brasil. Primeira, a escravidão. Segunda, o golpe de 1964 e suas conseqüências. As conseqüências destas desgraças perduram até hoje. Quem sabe, devesse incluir outra tragédia, a colonização predatória e assassina. O pecado original, digamos assim, de uma nação. No mais, penso nos primeiros governos republicanos dentro da moldura temporal em que aconteceram. Que se podia esperar daquele Brasil? O Estado Novo, aos meus olhos, tem o irreparável defeito de resultar de mais um golpe. Não entra no meu rol, portanto, embora considere Getulio Vargas o único estadista brasileiro, com uma visão importante, contanto que, em certos pontos equivocada, daquilo que teria de ser a modernização do País. Juscelino foi presidente de uma época muito favorável ao mundo todo, e aproveitou-se disso. A construção de Brasília não me entusiasma, nem de longe, mas, no conjunto, o saldo é positivo. Jânio não chegou a governar, praticamente. Seria um desastre, creio eu, os fados e seus próprios maus humores (ou seria o caso de falar de loucura?) o evitaram. Jango não teve chances, ficou com o papel de vítima. Sarney não foi eleito, entrou de carona, passou um bom tempo a dormir, ali começou a debacle econômica de um País que deveria crescer 5% ao ano para ficar na mesma. O pior, contudo, ainda viria. Collor dá sua contribuição negativa. Prepara a cama, contudo, para FHC. Durante o governo tucano, o Brasil quebrou três vezes. É preciso explicar mais
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