sábado, fevereiro 10, 2007

O silêncio de Serra e da imprensa

O acidente na estação Pinheiros do Metrô de São Paulo, que assustou os paulistanos, aconteceu há 23 dias. E até hoje, esperamos uma manifestação convincente do governador de São Paulo, José Serra, sobre as medidas que serão tomadas para apurar as responsabilidades e punir os culpados. A tentativa de instalar uma CPI na Assembléia Legislativa sobre o Metrô de São Paulo não anda porque os tucanos não deixam.

Até hoje, como disse Paulo Henrique Amorim, em seu blog Conversa Afiada, Serra foi incapaz de dizer ao povo de São Paulo, que o elegeu no primeiro turno, o que pretende fazer da obra, quais são as medidas de segurança adicionais, qual a responsabilidade do ex-governador Geraldo Alckmin, que medidas tomará, em defesa do povo de São Paulo e de seu patrimônio.

No mesmo texto, Paulo Henrique Amorim registra que o ex-governador de São Paulo, Cláudio Lembo, também criticou, numa aula inaugural na Universidade Mackenzie, o silêncio do governador: “Serra não fala com o povo nem com a imprensa. O tucano deixa de aparecer quando surgem problemas”, disse Lembo.

Na verdade, Serra não fala com a imprensa, e a imprensa não fala com Serra sobre questões espinhosas, como essa, porque o protege. Nesse caso, o silêncio não é só de Serra. É também da mídia que não fez nenhum esforço para apurar o que efetivamente aconteceu na estação Pinheiros e quem são os responsáveis.

Os paulistanos continuam esperando que Serra venha a público para dizer o que foi feito e o que pretende fazer com as obras do Metrô de São Paulo.

Por José Dirceu

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