Vai definitivamente por água abaixo o último restinho de credibilidade que pudesse ter o senador tucano Álvaro Dias, do Paraná. Sempre no afã de desmoralizar o governo, foi pego na mentira, de novo. É um histrião manjado.
O superintendente nacional de loterias da Caixa Econômica Federal, Paulo Campos, afirmou, nesta terça-feira, que a denúncia de uso das loterias federais para lavagem de dinheiro, feitas na segunda-feira pelo senador Álvaro Dias (PSDB/PR), “é requentada”, pois foi baseada em informações da própria Caixa de 2004. “Não sei se é para aparecer (que Dias teria feito a denúncia), mas que é requentada, é”, afirmou Campos.
O superintendente da Caixa enfatizou que não há qualquer denúncia ou indício de fraude nos sorteios das loterias federais e o que o senador oposicionista acusa é a possibilidade de operações, fora da Caixa, com o objetivo de “esquentar” dinheiro de origem ilícita.
Campos admitiu que jogos e loterias são usados em todo o mundo para lavagem de dinheiro, mas é o setor, hoje, em que há o maior índice de redução desse tipo de atividade. “Não é mais um bom negócio lavar dinheiro com as loterias” federais, desde a implantação do Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) em 2002, pois, segundo Campos, todas as movimentações suspeitas são levadas à investigação pela Polícia Federal, Ministério Público e Receita Federal.
Os 29 casos suspeitos apontados pelo senador Álvaro Dias ocorreram no período de 1994 a 2002, disse Campos, explicando que a Caixa informa ao Coaf e este aciona as autoridades com poder de investigação, toda vez em que são creditados mais do que um prêmio, igual ou superior a R$ 10 mil, a um único CPF, no período de até doze meses. Mas todas as investigações posteriores correm no âmbito policial, da Receita e do Ministério Público, que não comunicam os resultados à Caixa. Esta, por sua vez, não tem autoridade para investigar fora de seus quadros.
“As loterias são o serviço público mais auditado que todos. O Tribunal de Contas da União (TCU) fiscaliza o dia a dia, de forma preventiva; tem acompanhamento da Controladoria Geral da União (CGU) e os sorteios são público”, argumenta Paulo Campos. "Qualquer tipo de rede para lavagem de dinheiro por esse meio só pode ser coisa do passado, pois hoje não há como escapar ao controle", afirmou.
Campos também não considera factível a montagem de uma rede para compra de bilhetes premiados, uma vez que a Caixa distribui mais de R$ 140 milhões de prêmios por ano, decorrentes de jogos em mais de nove mil lotericas em todo o país, sendo inviável a “premonição” sobre onde o ganhador vai descontar o seu bilhete, que é ao portador.
Campos comentou que todo e qualquer aperfeiçoamento nos mecanismos de controle na lavagem de dinheiro será bem vindo, a respeito do projeto de lei de Dias, que fixa o bloqueio no pagamento de prêmios, sempre que haja indícios de irregularidades.
27/02 - 17:17 - Murilo Murça - Último Segundo/Santafé Idéias
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