domingo, agosto 13, 2006

Avanços na luta pela igualdade racial




Pouco depois de receber o apoio de 54 prefeitos baianos (ontem, 12/08), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve um encontro com representantes do Movimento Negro, em frente ao Hotel Tropical, no centro de Salvador. Mas rapidamente o local foi tomado por uma multidão, ansiosa para ouvir as palavras de Lula. A luta pela promoção da igualdade racial no Brasil deu a tônica dos pronunciamentos, com todos os presentes destacando os avanços conquistados nos últimos três anos e meio.

Lula disse que "o preconceito continua arraigado em cabeças pequenas" e que esse preconceito se manifesta duplamente quando a pessoa é pobre e negra. E foi para combater esse quadro que o seu governo criou a Secretaria Especial e o Conselho Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Ao mesmo tempo, lembrou Lula, está sendo feito um grande esforço para democratizar o acesso ao ensino superior, através do Programa Universidade para Todos (ProUni), da criação de dez universidades federais e da implantação e expansão de campus universitários.

Lula afirmou ainda que, no campo das relações exteriores, o Brasil tem promovido uma grande aproximação com os países africanos. "Temos uma dívida imensa com a África, que, se não pode ser paga em dinheiro, pode ser paga com respeito, diálogo e intercâmbio".

A ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, disse que Lula foi o primeiro presidente a fazer do combate ao racismo uma política de governo. "E isso se traduziu em ações concretas", destacou a ministra, citando a aproximação com os países africanos, o reconhecimento e a titulação das comunidades quilombolas e a entrada de 60 mil jovens negros em universidades particulares através do ProUni.

A professora e representante do Movimento Negro, Macota Valdina, também se pronunciou no ato, lembrando que Lula é um presidente que "dialoga com as massas, independentemente da raça, do gênero, da classe social".

Encerrado o encontro, Lula, os representantes do Movimento Negro e as milhares de pessoas presentes no largo do Campo Grande iniciaram uma caminhada até a Praça Castro Alves, onde foi realizado um comício.

24 comentários:

Anônimo disse...

Pro LULLA tbm vai ser difícil voltar pro arroz com bife e ovo o ano que vem, aí ele vai descobrir o preço das coisas...

Aproveite e veja o Lulla fazendo o que mais sabe...MENTIR

http://teveaberta.blogspot.com/2006/08/lula-encerra-srie-de-entrevistas-do-jn.html

Ricardo disse...

A criatura autora do post acima deve estar no mundo da lua. Desconhece Lula. Desconhece as pesquisas de opinião.
É a velha história: os cães ladram e a caravana passa.

Anônimo disse...

O correto é os cão ladram e a cravana de ladrões passa...Lulla o déspota cachaceirop fujão, covarde!

Clarice disse...

déspota? eleito pelo povo? e aprovado, prestes a ser reeleito?

cachaceiro? quantas vezes você viu o lula dando vexame alcoolizado em público? o que ele fazia na vida particular é problema dele.

fujão? que eu saiba qualquer um consegue encontrar o lula agora, ele está onde deveria estar (em todos os sentidos, ahahaha).

covarde? por acaso é ele que anda escrevendo bobagens nos blogs sem assinar o verdadeiro nome?

Anônimo disse...

DÉSPOTA CACHACEIRO FUJÃO, E MENTIROSO!!!

LADRÃO TAMBÉM COMO TODA A CÚPULA DO PT

FORA CORJA DE LADRÕES!!!

AGORA DEU PRA MENTIR NO HORÁRIO ELEITORAL

COISA QUE ELE SEMPRE SOUBE FAZER...



9.500 KM DE ASFALTO????
A ONDE???

ME MOSTRA "UM" KILOMETRO DE ASFALTO FEDERAL NOVO...

O LULLA TAPA BURACO E INAUGURA A RODOVIA NOVAMENTE...

6 MILHÕES DE EMPREGOS??? ONDE???
E DÁ-LHE MAQUIAGEM DOS NÚMEROS!!!

É O VELHACO DO LULLALAU!!!

Ricardo disse...

É de se refletir sobre os aspectos positivos das viagens. O Brasil que voltou a crescer, reduziu as suas desigualdades, que retomou o protagonismo em suas relações externas, pagou e dispensou a tutela do FMI, reduziu a relação dívida/PIB, equacionando o problema que evitava o crescimento. Reduziu como NUNCA os juros, estabilizou a moeda, reduziu a inflação, após o colapso provocado por FHC. Reaparelhou a Polícia Federal, que desabaratou dezenas de quadrilhas e prendeu milhares de figurões. Além, é claro, de estar levando dignidade a 11 milhões de famílias de brasileiros que não tinham recursos sequer para fazer uma refeição diária... E dizer que Lula não gosta de trabalho... Em suma: a ladaínha acima é pura dor-de-cotovelo das viúvas de FHC. Dá-lhe Lula, de novo, com a força do povo.

Anônimo disse...

Clarice,
É muito triste ver alguém, presumivelmente nova como vc e seus amigos, defendendo o Lula. Mas vá lá, foram anos de sabatina no secundário por professores petistas "fazendo a cabeça" por um "mundo melhor". Esse é o resultado. Uma pessoa que parece "educada", que certamente estudou em bons colégios, com acesso à internet defendendo um dos maiores crápulas que já existiu. Esse fenômeno no Brasil só se compara a juventude hitleriana, mas infelizmente agora vc não verá. Democracia dizem eles. No fim queriam ficar 12 anos no poder. Igualdade? No fim dão esmolas como qualquer caudilho cucaracho. Mas não vou esbravejar como os outros. Espero que o tempo te traga consciência e que você se aplique por uma causa realmente justa, pois me parece que você quer mudar algo e o Brasil precisa de pessoas que o queiram mudar.
Tudo de bom

Clarice disse...

Anônimo, eu é que fico triste por ver alguém falando tão convictamente coisas tão absurdas! Eu realmente faço parte de uma minoria que teve acesso a bons colégios, mas desde lá eu já lutava pelo causas que eu acreditava - na maioria das vezes enfrentando professores que, assim como os jornalistas mineiros hoje em dia, na época não podiam se dar ao luxo de ter opinião se quisessem manter seus empregos.

Estudei em bons colégios sim, tenho acesso à internet, sempre apreciei a boa leitura, sempre gostei de perguntar e entender o por quê das coisas. Por isso eu me orgulho de saber PENSAR sozinha. Posso até um dia admitir que estive redondamente enganada, mas nunca que me digam que tive a "cabeça feita" por ninguém.

Mas não consigo conceber como uma pessoa compara a hitler um governante cuja principal bandeira é a igualdade. De direitos, de acesso a educação, saúde, emprego, dignidade. O que você chama de esmola para muita gente é a diferença entre permanecer vivo e perecer de FOME. Você já passou fome? fome de verdade, de não saber se, nem quando, nem o quê vai comer da próxima vez?

Eu não consigo imaginar causa mais justa do que trabalhar para que ninguém nunca mais passe fome, ainda mais num país tão cheio de riquezas e oportunidades. E não de forma assistencialista como vocês insistem em rotular, mas gerando condições para que se engate um círculo virtuoso que acabe naturalmente tornando desnecessária a ajuda do governo. Isso é possível, não é utopia, isso está acontecendo e é lindo. E eu vou lutar sim, sempre, para que não se perca o pouco que foi construído até aqui, para não ver de novo o meu país sendo tomado por criminosos que só pensam em encher os próprios bolsos.

Eu é que espero e torço para que o tempo te traga consciência de enxergar além da politicagem mesquinha que todos os outros governos não tiveram escrúpulos em adotar. Se as suas boas intenções são realmente verdadeiras, um dia você vai me dar razão.

Tudo de bom pra você também.

Anônimo disse...

Clarice,
Ele fala, mas não é o que acontece. Tenho sim boas intenções e pelo que você diz, vc também.Seria ótimo que fosse verdade e que assistencialismos provessem o que as pessoas precisam, mas não é assim. A única forma de que o ser Humano pode ser elevado é por sí proprio. É pescando, não recebendo o peixe. Assistencialismos nunca mudaram nada ao logo da história e nunca vão mudar. Pobreza não é bom, é ruim. Só se acaba com pobreza deixando as pessoas trabalharem, dando-lhes mais oportunidades. Isso o Lula não faz, nem fará. Não é que vc esteja "redondamente enganada" como disse, mas vai entender como, de fato, se faz uma nação rica e igualitária. O Brasil não é uma nação rica e vc um dia verá isso. Temos sim, que torna-la rica.Neste momento não terei sido eu quem "ganhou" o argumento, mas é o Brasil que terá ganho alguém de grande valor. Os teus filhos e netos te agradecerão por ter uma pessoa educada capaz de realmente mudar o rumo da coisas.
Dá uma refletida. Pense de cabeça aberta sobre o que faz uma nação rica. 1 hora por dia durante uma semana.
De novo, tudo bom para vc

Clarice disse...

Ninguém consegue pescar se não tem forças nem para segurar uma vara de bambu. E, como eu disse acima, a política do governo NÃO é assistencialista. Dá o peixe, sim, mas apenas enquanto a pessoa não tem condições físicas de pescar e desde que ela se comprometa a se empenhar em aprender. Tem que pôr os filhos na escola, cuidar da saúde deles. Essa "esmola" que entra aumenta o poder de compra de uma comunidade, aquece a economia, gera empregos, esse é o círculo virtuoso que citei. É uma assistência (não um assistencialismo) apenas para possibilitar que a pessoa pesque sozinha.

O Brasil é uma nação rica sim. Temos um potencial enorme de produção de alimentos e energia, o problema é por todos esse anos ele esteve nas mãos erradas. Uma nação rica enriquecendo a poucos às custas da exploração de seu povo. Não temos que tornar o Brasil rico, temos que tornar essa riqueza acessível a todos.

Agora me diga, por favor: se o Lula não é o cara certo, quem é? O Alckmin? Você acha mesmo que o que PSDB fez nos 8 anos em que esteve no poder é o caminho? Isso não entra na minha cabeça!

Anônimo disse...

Clarice,
não pense tão partidariamente. O que está em jogo não são partidos, mas resultados. O Brasil é uma nação muito pobre. A riqueza está nas pessoas, não no enorme potencial de gerar energia e alimentos. Alimentos já geramos e muito. Não temos falta de alimentos, o que temos são pessoas incapazes de comprar. Elas só podem comprar se tiverem renda, se tiverem a oportunidade de trabalhar e receber pelo seu trabalho e empregar uns outros tantos. Não é por que esteve nas "mãos erradas", que isto é assim. Eram nossas mãos, mãos de brasileiros como eu e você. É assim por inconsistência, falta de continuidade, leis obsoletas e corrupção.É assim no Brasil, tem sido assim na África. O indivíduo é que faz a diferença entre riqueza e pobreza. Só quando as pessoas puderem trabalhar, receber o seu sustento é que o potencial do Brasil se realizará. vc não claramente refletiu sobre o que faz uma nação rica. Estava preocupada em se defender, em rebater. Não estamos em uma batalha,no fundo acho que todos queremos as mesmas coisas. Sugiro que vc estude cuidadosamente várias nações ricas em que o seu povo está satisfeito e existe igualdade social e se pergunte: O que elas têm em comum? Sem dúvida a análise é menos passional e não terá fotos de um populista cercado de crianças pobres e bolsas fome.Adianto que elas têm sim um ponto em comum e que é possível chegarmos a essa igualdade. Sem esmola, sem populismo e sem corrupção. Para pensar e refletir.
Tudo de bom

Clarice disse...

Anônimo, por que você não se identifica?

Olha eu não estou na defensiva, eu apenas não concordo com o que você está dizendo! Você diz que "não temos falta de alimentos, o que temos são pessoas incapazes de comprar", mas esquece de dizer que as pessoas que os têm para vender preferem vê-los apodrecer a distribuí-los para quem precisa. Porque o que gere nossa sociedade é a busca
pelo lucro a qualquer preço. E pelo poder. As mãos erradas que governaram sim o nosso país durante toda a nossa história também estavam mais preocupados em "entrar para a história" do que em matar a fome dos miseráveis.

Concordamos em gênero, número e grau quando você diz que a solução é dar ao povo condições dignas de trabalho, de ter sua própria renda, prover seu próprio sustento e até gerar mais empregos. O que nos difere é que eu acredito que o momento que vivemos hoje, finalmente, é sim um passo nessa direção. Eu nunca acreditei - nem quis - que o Bolsa-Família devesse ser eterno. Ele é uma ajuda, um soro na veia de um país em coma, um sopro de alento que dá aos pobres a mínima condição de começar a caminhar pelas próprias pernas.

Você me pede para analisar o que as nações ricas (no conceito de riqueza distribuída igualitariamente) têm em comum, e a resposta, simples e inegável, só corrobora minha opinião e derruba a sua: os países de primeiro mundo hoje não foram colônias de exploração, não tiveram negros pobres escravizados oficialmente até pouco mais de um século atrás (e não-oficialmente até hoje, não sejamos ingênuos de negar), não construíram sua riqueza explorando a população. Essa é a história do nosso país, e da África que você mesmo citou. Países construídos para poucos às custas do sangue de muitos!

Teríamos que reescrever a nossa história para sermos totalmente iguais aos países "em que o seu povo está satisfeito e existe igualdade social". Infelizmente, não é possível reescrever o passado, mas estamos vivendo hoje, agora, a mudança de rumos do nosso futuro! Sem esmola, sem populismo e sem corrupção. Pense e reflita você também.

Tudo de bom!

Anônimo disse...

Clarice, a última da leva. Eu tentei, mas aí só mesmo uns 20 anos em cima. Colônias de exploração e Colônias de povoamento são a sabatina de fazer "a cabeça" a que me referi anteriormente. São idéias de simples absorção que parecem explicar tudo. As colônias de povoamento tb tiveram escravos. Não bate, tá errado. Se está errado é hora de repensar. Não é isso que as nações têm em comum. O que elas tem em comum é a riqueza das pessoas, não assistencialismos. Abra a sua cabeça e considere outras possibilidades. É legal ser militante, mas há quer ser responsável. Afinal, agora vc é mídia.
Até mais e de novo tudo de bom

Clarice disse...

Por favor, eu acredito que suas intenções sejam boas, mas assim você subestima minha inteligência. Todo mundo da minha idade aprendeu o mesmo conteúdo de história que eu e não somos todos robozinhos fabricados em série! Eu sei que colônias de povoamento também tiveram escravos mas sei que a história dessas colônias foi bem diferente da nossa! E mesmo assim, não são as ex-colônias de povoamento que eu considero nações "em que o seu povo está satisfeito e existe igualdade social". Os EUA, por exemplo, são um país rico e poderoso sim, mas cheio de desigualdades e problemas sociais graves.

E o que você chama de "riqueza das pessoas"? Riqueza de espírito? Grandeza, generosidade, solidariedade? Eu me recuso a aceitar que o Brasil não possua isso, acho o fim da picada ver um brasileiro aceitando ser rotulado como "rei do jeitinho". Somos um povo trabalhador, sofrido, honrado! Não tomemos o todo pela parte.

E de uma vez por todas, eu NÃO sou a favor do assistencialismo!

Anônimo disse...

Clarice,
Realmente não estava nos meus planos continuar essa discussão. Mas realmente não pude deixar de mais uma vez notar a sua vontade de fazer o certo por meios errados. Vc tem razão quando diz que o povo brasileiro é honrado e trabalhador, que não são uns vagabundos. Os países “ricos”a que vc se referiu, são sim sociedades mais igualitárias, mas como de fato não existe paraíso sobre a terra, existem desigualdades. O que os faz ricos? Essa é a pergunta. No dia que vc satisfatoriamente responder a essa pergunta, pode crer que vc terá andado metade do caminho para melhorar o Brasil como vc tão ansiosamente parece querer. O brasileiro tem todas as qualidades às quais vc se refere, riqueza de espírito, grandiosidade e de certa forma um pouco de solidariedade. O que não temos é a coragem de assumir que ganhar dinheiro não é ruim. Que quem ganha dinheiro emprega, gera trabalho e abre as possibilidades para que as pessoas explorem os seu próprio potencial. No Brasil isso não funciona pois associamos a pobreza a uma virtude e a riqueza à falta de moral, o que não é verdade. Isso se torna verdade no Brasil, pois como existem imensos empecilhos para se trabalhar e gerar riqueza, é mais fácil não pagar imposto de renda e ir para o sub-emprego. É ótimo pensar que o que falta é um líder carismático que pegue as pessoas pela coleira e as leve para uma vida melhor. Isso não funciona pois tanto a esquerda como a direita tentaram isso no passado. Estamos num mundo sem esquerda ou direita.Nosso compromisso no séc 21 é com o melhoramento das condições de vida e só se faz isso alterando as leias que perpetuam desigualdades. Fazendo com que as leis representem os individuos e não o contrário. O resto são paliativos tentados por Hitler, Stalin, Mussolini, Vargas, Fidel e mais recentemente pelo nosso carismático lider maior Lula. Precisamos de continuidade, não repetições do passado. Para refletir somente.

Tudo de bom

Clarice disse...

Ganhar dinheiro não é ruim. Ruim é ganhar dinheiro às custas da exploração de terceiros. Em qualquer lugar existem ricos honestos, ricos desonestos, pobres honestos e pobres desonestos. Como eu já disse, não concordo com o estabelecimento de estereótipos para o povo brasileiro, e mais uma vez você generalizou.

Existem sim empecilhos para se gerar riqueza no Brasil, e isso vem de muito tempo. É ótimo pensar que bastaria um governante decretar a diminuição drástica dos impostos e encargos trabalhistas para que os nossos bem intencionados empreendedores começassem a trabalhar e gerar um crescimento nunca antes visto, mas isso é tão utópico quanto o salário mínimo que Heloísa Helena propõe! Há que se diminuir os empecilhos sim, mas com planejamento e responsabilidade. Com mudanças estruturais que diminuam a desigualdade (nisso concordamos), e permitam que o nosso povo tenha acesso a saúde, educação e emprego - em suma, dignidade. Isso está acontecendo, e não de forma paliativa como você pensa. Talvez seja melhor mesmo esperarmos os 20 anos que você sugeriu para ver quem tinha razão.

Eu acho que você se mantém anônimo porque é alguém que eu conheço, mas uoréva, talvez seja melhor assim...

Anônimo disse...

Clarice,
acredite, bastaria. Sempre que há excedentes de capital eles são aplicados. No Brasil não existe esta cultura pois os excedentes são poucos e concentrados demais. É pouca gente gerando muito dinheiro, em geral tornado ilegal, frente a legislação corrente. Não é utopia pois já é prática há mais de um século em outros países.
Não é do dia para a noite, mas é efetivo, duradouro. Sem comícios ou bravatas. Um estado que não arrecada não pode fazer valer as leis. Smplesmente não tem caixa para isso. Todos têm que enriquecer para dimnuir a desigualdade.
Não, não te conheço. Só me surpreendeu que alguém inteligente e educada pudesse defender um populista. O Brasil está em baixa de gente capaz de organizar um espaço virtual e defender as suas idéias, mesmo que na contramão da história. Mas sem dúvida o que mais me surpreendeu foi ver que vc não é uma Lulista convicta. Vc é uma pessoa que quer mudar e acha que o Lula fará isso. Mas nào fez nem fará. Ele não tem estrutura para realizar o que os brasileiros precisam.
Tudo de bom

Clarice disse...

Meu deus, mas você mesmo diz: tem que mudar uma cultura, em outros países é prática há mais de um século, não é da noite para o dia! Logo, não bastaria! Chegar e decretar, puf, agora contratar ficou muito mais barato! É um processo, para ser efetivo e duradouro tem que ser implantado aos poucos, sem bravatas sim!

Lula não fez mesmo, só Jesus Cristo faria em quatro anos o que a oposição acha que ele deveria ter feito para não ser rotulado de populista. E acredito que Lula provavelmente não fará tudo, pois mais quatro anos também é pouco, mas ele está pavimentando o caminho. Pela primeira vez em meus 30 anos vejo que o Brasil está indo na direção certa.

E até que ele, Lula, me prove que eu estou errada, eu sou lulista convicta sim.

Ricardo disse...

O instigante anônimo faz a veemente defasa de um liberalismo bastante anacrônico, esta é a verdade. Sua sugestão de que a resposta para os nossos anseios por uma sociedade mais justa reside na promoção do indivíduo é um truísmo de rara candura. Ora bolas, vamos qualificar o debate. À herança escravagista lembrada pela Clarice, eu acrescento toda nossa tradição patrimonialista do Estado brasileiro. Então, anônimo, antes de mudar os indivíduos, é preciso criar o arcabouço institucional para a disseminação de um ambiente econômico que torne possível "universalizar" o "dar trabalho para eles".
Inútil tentar comparar as condições em que isto se deu nos países ricos vis a vis os países pobres. Lá, desde muito cedo, os pobres, por meio dos sindicatos e outras organizações, fundaram seus partidos políticos e lograram estabelecer uma correlação menos desfavorável nos processos de distribuição social da riqueza, fazendo suas "agendas" serem contempladas dentro do parlamento. Então, o que se passa no Brasil hoje, e que desagrada muita gente, é que com Lula estamos assistindo a primeira mudança mais aguda nesta agenda, com o grosso das políticas públicas contemplando a agenda dos miseráveis. E qual é esta agenda: precisamente criar as condições para maior igualdade de acesso às oportunidades. Isso se faz com comida, primeiramente, com educação, com políticas compensatórias. Isso tudo foi feito nos países ricos, onde o Estado sempre foi uma enorme força promotora disso que chamamos "democratização do desenvolvimento".
Populismo é outro termo emprestado à sociologia que está mal empregado pelo bem-vindo anônimo. Lula não é e jamais foi uma liderança populista, pois tem uma postura de valorização do parlamento e não pretendeu, nem pretenderá, fazer as reformas que precisam ser feitas à sua revelia.
Finalmente, "contra-mão da história" seria optarmos pelo aprofundamento das diretrizes de cunho neo-liberal, que enfatizaram excessivamente os espaço do mercado, como esfera mais adequada de promoção do indivíduo, gerando um conjunto de políticas que acabou por fortalecer os mecanismos de reprodução ampliada das desigualdades (além de ter quebrado o país em virtude da inépcia administrativa da turma de FHC, Malan e cia.).

Anônimo disse...

Clarice,
não se trate de fazer contratar mais barato. Se trata de simplificar os mecanismos que legitimizam o indivíduo. A cultura se desenvolve na medida que as pessoas vivem melhor.
Se vc quiser abrir amanhã uma doceria que empregue 10 pessoas, vc vai levar meses para chegar à conclusão de que não valha a pena.
Se abrir, vai ter que ter um caixa 2 pois vc não poderá pagar todos os impostos e taxas que serão necessários. A vida das pessoas precisa ser facilitada. Já existem muitas dificuldades. Imagine vc sendo capaz de mudar a vida de 10 famílias. Só você. Imagine agora 20.000 pessoas e assim por diante. Imagine um estado mais rico que não precise de malabarismos para pagar as contas pois arrecada mais. Pois é, é assim mesmo que funciona. Esse é o mundo moderno que pode e se deve almejar. Quanto ao Lula te dizer que ele não é a pessoa certa, ele já disse, vc é que não escutou. Vc acha que ele não sabia de nada? OK, Assumindo que ele não sabia. Pode-se confiar em um presidente que se cerca de gente assim e não sabe de nada? Se ele não sabe disso, o que garante que ele saiba sobre os programas que ele diz querer implementar? Fica mais fácil pensar que ele sabia, que ele não merece a sua confiança, que ele não vai realizar o que vc deseja. Ele dirá, mas existe a oposição, aquela que tudo retarda. É possível que exista, mas não é desculpa. Pois se não implementou o fome zero, quando implementará? Serão necessários talvez 8 anos ou décadas para se fazer? Vc sabe que isto está errado, por mais inabalável que a sua fé seja, pois isso não é mais que fé- tudo diz que ele não fará. Não é por que ele não queira, é por que não pode, não tem estrutura para isso. Esse é o truque dos ditadores. Espera um pouquinho, já já a gente resolve. 7O anos de sofrimento na União soviética mais tantos em cuba. No Brasil de início só queriam 12. Por que imaginar que o carro que vem te atropelar vai parar para te dar uma carona?
Reintero, vc não é uma Lulista convicta, é uma idealista. Infelizmente, no Brasil, os idealistas são mais facilmente atraídos para populismos da esquerda. Tente se lembrar daquele simpático professor de geografia ou de história que mostrava as vantagens de se chegar ao socialismo, que magnetizava os adolescentes. Lugar comum? É.Vc não foi a única.
Tudo de bom também para o articulado e passional Ricardo, acima

Ricardo disse...

Engraçado o anônimo "legitimizar" o caixa 2...
Vamos aos fatos, meu chapa.
O Lula "ão pode isso, não pode aquilo"... O resultado palpável das ações dele, e não de outro, é a melhoria de TODOS os indicadores sociais e econômicos herdados da era FHC. Ou vc se esquece do atoleiro que vivemos em 1999 e 2002?? Foram 40 bi do FMI somente neste último ano... Para uma administração que iniciou com uma dívida de U$ 60 bi, privatizou mais de 70 empresas estatais, e terminou com mais de U$ 700 bi de dívida, trata-se de uma baita barberagem, concorda?
E quem consertou toda a cagada e estabilizou a moeda, meu caro, primeiro pressuposto de uma economia que gere emprego e possa crescer?? Quem resgatou o nome do Brasil na praça, rebaixando o risco-Brasil a níveis aceitáveis?Respondo: foi este que vc chama de "sem estrutura"...
O Fome Zero, por sua vez, já se encontra implementado, meu chapa, informe-se melhor. 11,5 milhões de famílias beneficiadas - seja com uma bolsa em dinheiro, em contrapartida ao cumprimento de condicionalidades de saúde e educação (portanto, nada de esmolas) seja ao ganhar uma cisterna, ou ainda pela garantia de compra - seguro - para a produção agrícola familiar.... E, novamente, sem populismo, apenas a sensibilidade de quem entende as demandas dos pobres, dos excluídos, por ter sido um deles e hoje dar um show de bola na presidência, a ponto de CAUSAR ESTA SUA ENORME DOR DE COTOVELO que o faz esgrimir seu preconceito contra a Clarice e, acredito, contra todos os brasileiros de bem que apóiam o trabalho profundamente ético e cristão que este governo vem desenvolvendo.
Seja sempre bem-vindo, mas não espere encontrar aqui eco para seus preconceitos contra o presidente, o passado dele, sua origem modesta, sua sabedoria desprovida do pedantismo bastante comum aqui neste mundo virtual.

Clarice disse...

"Se trata de simplificar os mecanismos que legitimizam o indivíduo."

Qual indivíduo? O potencial pequeno empreendedor de classe média-alta ou que revira lixo na rua pra dar comida pros filhos? Ambos são indivíduos, ambos necessitam de legitimação, mas você discorda de mim que o segundo, além de ter muito mais carências e necessidades que o primeiro, faz parte de uma maioria esmagadora? Claro que o ideal é legitimar todos os indivíduos, mas na impossibilidade de se fazer tudo ao mesmo tempo agora, faz-se necessário estabelecer prioridades. Eu prefiro legitimar primeiro milhões de indivíduos sem comida, sem casa e muitas vezes até sem nome (o cúmulo da "deslegitimação"!) do que legitimar cidadãos que, mesmo achando (acertadamente) que poderiam ter uma vida melhor, têm casa, emprego, comida na mesa, agasalho no inverno. E eu me incluo nesse grupo. Eu não acho ruim de "ceder a minha vez" aos que precisam mais porque eu não olho apenas para meu próprio umbigo! Aliás, mesmo que estivesse sendo egoista, creio que o mais inteligente para todos é diminuir a desigualdade, porque ela é a mãe da violência. Até por uma questão de segurança pública, legitimar o indivíduo miserável é prioritário!

"Se abrir, vai ter que ter um caixa 2 pois vc não poderá pagar todos os impostos e taxas que serão necessários."

Afinal, é ou não é uma questão de fazer contratar mais barato? Você acabou de se contradizer! Eu imagino que se eu tivesse condições eu mudaria a vida de 10 famílias, mas infelizmente, nem todos pensam assim. Muitos ainda preferem se aproveitar da mão de obra barata das milhões de pessoas que topam trabalhar por um pão com água no fim do dia, porque não têm outra opção. Mais uma vez vemos aí a necessidade de acabar com essa massa de potenciais escravos.

"Pode-se confiar em um presidente que se cerca de gente assim e não sabe de nada? Se ele não sabe disso, o que garante que ele saiba sobre os programas que ele diz querer implementar?"

Ah, desculpa, mas isso é retórica das bravas! Você nunca se surpreendeu negativamente com ninguém? Você tem total controle do que acontece à sua volta, no seu trabalho, na sua casa? Nem se o Lula só trabalhasse 36h por dia poderia ter consciência de TUDO que se passa no governo, é exatamente por isso que existem ministérios e secretarias, para descentralizar decisões, delegar poderes. Veja bem, não estou afirmando que ele não sabia, apenas acho perfeitamente plausível que ele não soubesse mesmo. Daí a não saber sobre os programas que quer implementar vai uma volta de 720 graus que você deu no discurso pra fazer ele ficar sem sentido nenhum! Programas não são pessoas.

"Pois se não implementou o fome zero, quando implementará?"

Ah, não? O Fome Zero é composto por diversas ações integradas, como o Bolsa-Família, o programa de agricultura familiar, o de alimentação escolar, os restaurantes populares, a construção de cisternas, etc etc etc. Nada disso foi implementado? Então o quê que você chama de "assistencialismo"?

"Não é por que ele não queira, é por que não pode, não tem estrutura para isso. Esse é o truque dos ditadores."

Peraí! Você disse que ele não tem estrutura pra fazer o que ele já começou a fazer, mas tem estrutura para dar um golpe? Eu entendi isso mesmo? Pra quê um cara que tem aprovação popular recorde vai querer dar o golpe, me diga? Um cara que sempre defendeu e respeitou a democracia? Um cara que está fazendo tudo certo, pondo o país no rumo, melhorando a vida do povo sem grandes choques ia querer - desculpe a expressão - cagar tudo logo agora PARA QUÊ??? Não pense que não ouvi esse discurso antes, ao contrário do que você supõe, eu tive acesso a vários tipos de pensamentos e ideologias para poder decidir pela MINHA cabeça em qual acreditar. Não nego que sou idealista, mas nessa você se traiu, amigo, isso não é oposição, isso é paranóia. "Para refletir somente."

Anônimo disse...

Clarice,
Fala para o Ricardo se acalmar, um dia desses ele vai ter um troço.
Esse sim é PTista de carteirinha. Ricardo, obrigado por dizer que sou bem vindo ao site, mas já estava mesmo de saída há uns dois ou três comentários atrás.Voltei nem sei por quê, bobagem. Com todo o respeito, não sou seu chapa.
Continue nessa linha que quiça vc chega a presidente. Divirtam-se com o Blog de vcs
tudo de bom

PS: Gostei do "para refletir somente" ao final, é um bom começo.

Ricardo disse...

Não corro o risco de ter um troço falando do que gosto.
Não sou petista, que dizer de carteirinha.
Não pretendo ser presidente.
Estamos seguramente nos divertindo.
Seja sempre bem-vindo, meu caro.
Abs!