segunda-feira, agosto 07, 2006

Lula reafirma opção pelos pobres

...e diz que críticos nunca passaram fome

Nos quatro atos de campanha realizados neste fim de semana nas cidades de São Paulo, Campinas, Belo Horizonte e Governador Valadares, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição, voltou a defender a opção pelos mais pobres - feita em governo - e a criticar os que se opõem a essa política.

No último dos eventos, ocorrido no domingo (6) em Governador Valadares (MG), Lula lembrou que os críticos do Bolsa Família nunca passaram fome na vida e desconhecem a real dimensão do programa.

"Vai chegar o dia em que ninguém mais precisará do Bolsa Família. Mas, para isso, é fundamental colocar comida na mesa das famílias mais pobres e garantir a educação de seus filhos. Só assim essas famílias poderão melhorar de vida". Para Lula, o Bolsa Família representa o cumprimento do principal compromisso que assumiu com o país, o de fazer com que "todo brasileiro tome café da manhã todo dia, almoce todo dia e jante todo dia".

Garantindo a continuidade e o aprofundamento do Bolsa Família num segundo mandato, Lula disse que o programa é, acima de tudo, um poderoso instrumento de distribuição de renda e de estímulo às economias municipais.

"Com o Bolsa Família, as famílias aumentam o seu poder de compra, o comércio passa a vender mais e a empregar mais e assim vai se formando um ciclo que é bom para todos". Segundo o presidente, "daqui a 20 anos vamos poder olhar para todos os brasileiros e dizer que valeu a pena investir nos mais pobres".

Lula, o vice-presidente José Alencar e comitiva chegaram em Governador Valadares, a cerca de 320 km de Belo Horizonte, por volta das 10h. E, já no trajeto entre o aeroporto e a entrada da cidade, foram saudados por uma multidão. Ao chegar à cidade, Lula subiu num carro aberto, à frente de uma grande carreata que seguiu até a avenida Minas Gerais, local do comício. Lá, mais de cinco mil pessoas já aguardavam o presidente.

O presidente iniciou o seu pronunciamento elogiando o vice José Alencar e comparando a trajetória de ambos, marcada por uma série de dificuldades e carências. "Hoje, estamos juntos e vamos continuar juntos".

Em seguida, lembrou que o seu governo investe cerca de R$ 2 bilhões em programas sociais somente no estado de Minas Gerais e isso tem se traduzido na melhoria da qualidade de vida da população, em especial da mais carente. "A verdade é que nunca um governo olhou tanto para os mais pobres. Estamos consertando o Brasil. Basta ver que o povo está comprando mais e está comendo melhor".

Lula frisou, porém, que a educação é a grande porta de saída da pobreza e que, por isso, está investindo tanto no setor. Como exemplos ele citou a criação do ProUni, que já beneficia 28.837 jovens mineiros de baixa renda, a implantação de três novas universidades federais – a do Triângulo Mineiro, a de Alfenas e a dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – e a criação de extensões universitárias em Teófilo Otoni e Ituiutaba.

Ações como essa, disse Lula, são um estímulo para que os jovens da região que emigraram para outros países, em especial os Estados Unidos, voltem ao Brasil.

"A educação é fundamental para fazermos a revolução que esse país tanto precisa", afirmou Lula, frisando que a prioridade de um segundo mandato será "crescimento com distribuição de renda, geração de empregos e educação de qualidade". No seu pronunciamento, que antecedeu o de Lula, o vice José Alencar destacou justamente o compromisso do governo com a educação e com a inclusão social dos brasileiros mais carentes. "Hoje, graças a esse trabalho, Lula está presente em todas as partes do país".

O ex-ministro Nilmário Miranda, candidato do PT ao governo de Minas, afirmou que esse compromisso com a inclusão social não se vê no governo estadual. Citando o preço das tarifas de água e luz que é cobrado da população mais pobre, Nilmário foi enfático: "Não existe tarifa social nesse Estado". O candidato criticou a política salarial do governo mineiro, lembrando que o piso salarial dos professores é inferior ao salário mínimo, e assumiu o compromisso de fazer um governo de inclusão social. Finalizando, Nilmário manifestou a sua confiança na vitória: "Não existe ninguém imbatível. Imbatível mesmo só a força do povo".

Nenhum comentário: