...e diz que críticos nunca passaram fome
Nos quatro atos de campanha realizados neste fim de semana nas cidades de São Paulo, Campinas, Belo Horizonte e Governador Valadares, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição, voltou a defender a opção pelos mais pobres - feita em governo - e a criticar os que se opõem a essa política.
No último dos eventos, ocorrido no domingo (6) em Governador Valadares (MG), Lula lembrou que os críticos do Bolsa Família nunca passaram fome na vida e desconhecem a real dimensão do programa.
"Vai chegar o dia em que ninguém mais precisará do Bolsa Família. Mas, para isso, é fundamental colocar comida na mesa das famílias mais pobres e garantir a educação de seus filhos. Só assim essas famílias poderão melhorar de vida". Para Lula, o Bolsa Família representa o cumprimento do principal compromisso que assumiu com o país, o de fazer com que "todo brasileiro tome café da manhã todo dia, almoce todo dia e jante todo dia".
Garantindo a continuidade e o aprofundamento do Bolsa Família num segundo mandato, Lula disse que o programa é, acima de tudo, um poderoso instrumento de distribuição de renda e de estímulo às economias municipais.
"Com o Bolsa Família, as famílias aumentam o seu poder de compra, o comércio passa a vender mais e a empregar mais e assim vai se formando um ciclo que é bom para todos". Segundo o presidente, "daqui a 20 anos vamos poder olhar para todos os brasileiros e dizer que valeu a pena investir nos mais pobres".
Lula, o vice-presidente José Alencar e comitiva chegaram em Governador Valadares, a cerca de 320 km de Belo Horizonte, por volta das 10h. E, já no trajeto entre o aeroporto e a entrada da cidade, foram saudados por uma multidão. Ao chegar à cidade, Lula subiu num carro aberto, à frente de uma grande carreata que seguiu até a avenida Minas Gerais, local do comício. Lá, mais de cinco mil pessoas já aguardavam o presidente.
O presidente iniciou o seu pronunciamento elogiando o vice José Alencar e comparando a trajetória de ambos, marcada por uma série de dificuldades e carências. "Hoje, estamos juntos e vamos continuar juntos".
Em seguida, lembrou que o seu governo investe cerca de R$ 2 bilhões em programas sociais somente no estado de Minas Gerais e isso tem se traduzido na melhoria da qualidade de vida da população, em especial da mais carente. "A verdade é que nunca um governo olhou tanto para os mais pobres. Estamos consertando o Brasil. Basta ver que o povo está comprando mais e está comendo melhor".
Lula frisou, porém, que a educação é a grande porta de saída da pobreza e que, por isso, está investindo tanto no setor. Como exemplos ele citou a criação do ProUni, que já beneficia 28.837 jovens mineiros de baixa renda, a implantação de três novas universidades federais – a do Triângulo Mineiro, a de Alfenas e a dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – e a criação de extensões universitárias em Teófilo Otoni e Ituiutaba.
Ações como essa, disse Lula, são um estímulo para que os jovens da região que emigraram para outros países, em especial os Estados Unidos, voltem ao Brasil.
"A educação é fundamental para fazermos a revolução que esse país tanto precisa", afirmou Lula, frisando que a prioridade de um segundo mandato será "crescimento com distribuição de renda, geração de empregos e educação de qualidade". No seu pronunciamento, que antecedeu o de Lula, o vice José Alencar destacou justamente o compromisso do governo com a educação e com a inclusão social dos brasileiros mais carentes. "Hoje, graças a esse trabalho, Lula está presente em todas as partes do país".
O ex-ministro Nilmário Miranda, candidato do PT ao governo de Minas, afirmou que esse compromisso com a inclusão social não se vê no governo estadual. Citando o preço das tarifas de água e luz que é cobrado da população mais pobre, Nilmário foi enfático: "Não existe tarifa social nesse Estado". O candidato criticou a política salarial do governo mineiro, lembrando que o piso salarial dos professores é inferior ao salário mínimo, e assumiu o compromisso de fazer um governo de inclusão social. Finalizando, Nilmário manifestou a sua confiança na vitória: "Não existe ninguém imbatível. Imbatível mesmo só a força do povo".
segunda-feira, agosto 07, 2006
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