Mais uma mentira – sobre os pendores ou tendências autoritárias do PT - vai se desfazendo. O PSDB, por meio dos seus líderes no Senado, Artur Virgílio (que anda sumido), o desastrado senador Tasso Jereissati e os líderes na Câmara, passaram os quatro anos do primeiro governo Lula nos acusando de autoritarismo, aparelhismo e de abusos na edição de Medidas Provisórias. Mal assumiram os governos de Minas Gerais e São Paulo, passaram a governar autoritariamente. Em Minas, na base de leis delegadas. Em São Paulo, por meio de decretos.
Aécio Neves ainda se deu ao trabalho de aprovar na Assembléia as tais leis delegadas. José Serra, nem isso. Já expediu 152 decretos, sendo 86 deles com caráter administrativo, e, pasmem, 15 sobre ordem tributária e orçamentária. Ou seja, Serra ressuscitou o decreto-lei da época da ditadura militar.
Aécio Neves, a pretexto de fazer uma reforma administrativa, já expediu 67 decretos em 2007, e já tinha expedido 63 no seu primeiro governo. Tudo sem os dois pressupostos da lei delegada - urgência e necessidade. Já que não se trata de nenhuma epidemia, como a dengue, catástrofe natural, como enchentes, ou emergência, como reforma de rodovias.
Como vemos, todas as críticas e ataques virulentos dos tucanos às Medidas Provisórias de Lula - essas sim constitucionais - não passavam de retórica para criar crise e instabilidade no país.
Agora cai a máscara tucana da pura hipocrisia.
Lula, como presidente, nunca violou a Constituição, nem passou por cima do Congresso, como estão fazendo Aécio Neves e José Serra.
Imaginem se Lula pedisse ao Congresso Nacional uma lei delegada. Seria o fim. A ditadura explícita. Já estou vendo as manchetes dos jornais e os comentaristas de sempre na televisão.
É o fim da picada, mas é verdade. Assim são os tucanos e a nossa direita.
Por Zé Dirceu
domingo, março 11, 2007
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