Independente do mérito da decisão do TSE que estabelece, na prática, o respeito à fidelidade partidária, entendendo que o mandato dos parlamentares eleitos pertence ao partido, o ex-PFL – que agora quer recuperar os mandatos dos parlamentares eleitos pela legenda e que mudaram de sigla e se indigna com o “troca-troca” partidário - tem metade de seus atuais parlamentares oriundos de outras siglas partidárias.
De acordo com dados do portal da Câmara dos Deputados, excluindo-se as trocas de Arena para PDS e posteriormente para PFL, dos seus atuais deputados federais (58 em atividade e 5 licenciados), 31 iniciaram sua carreira política em outros partidos. O próprio presidente recentemente eleito dos Democratas, Rodrigo Maia, teve uma passagem pelo PTB, entre 1999 e 2001.
O campeão de “troca-troca” no PFL é Francisco Rodrigues, que já trocou 6 vezes, passando por 7 partidos: começou no PMDB em 86, foi para o PTB em 89, teve uma passagem rápida pelo PSD em 95 e foi no mesmo ano para o PPB atual PP. Em 97 teve uma passagem rápida pelo PFL no mesmo ano foi para o PTB. Em 99 foi para o PFL. Outros dois deputados peefelistas trocaram de partido 5 vezes, três deputados trocaram 4 vezes e 4 deputados trocaram 3 vezes.
Destes 31 atuais deputados do PFL que vieram de outros partidos, 15 o fizeram na última legislatura, sendo 11 em 2005.
Ou seja, o ex-PFL que agora posa de defensor intransigente da fidelidade partidária, sempre se beneficiou, sem reclamar, do “troca-troca” que agora condena.
Vai entender.
Do blog do Zé Dirceu
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