Sob o título "Gasto do governo triplica em 20 anos e trava crescimento", o conservador Estadão insiste na tecla de que é preciso reduzir o tamanho do Estado para se ter crescimento econômico. Publico os argumentos do jornal e, em seguida, apresento uma noticiazinha singela da Gazeta Mercantil que põe por terra a falácia.
"As despesas correntes do governo se multiplicaram por três em 20 anos. Em 1986, estes gastos consumiam 10,3% do Produto Interno Bruto do País. No ano passado já representavam 30,2% do PIB. As contas foram feitas pelo economista Alexandre Marinis, da Mosaico Economia Política, num estudo que mostra o porte do Estado brasileiro como o principal entrave ao crescimento econômico. Marinis obteve dados do tamanho do Estado de 27 países emergentes em 2002 e constatou que o Brasil aparece em sexto lugar. Perde para Israel e Arábia Saudita, mas é 56% maior que o da China e do Chile. O estudo também revela que, em 215 países analisados no período de 1971 a 2005, há uma relação direta entre Estado possante e desempenho esquálido. A média de crescimento nos países onde os Estados gastam até 10% do PIB foi de 4,7%. Naqueles onde o tamanho do Estado equivale a 30% do PIB a média de expansão ficou em apenas 2,4%. "Com um aumento tão expressivo no tamanho do governo brasileiro, a desaceleração da economia que se seguiu não deveria surpreender ninguém", diz Marinis."
Já a Gazeta Mercantil nos brinda com o seguinte:
"A Argentina manteve o ritmo de crescimento vigoroso pelo quarto ano seguido, só superado por Cuba e Venezuela na América Latina. Os dados oficiais do PIB mostraram ontem que o país cresceu 8,5% no ano passado. Analistas projetam expansão de 7,7% para 2007."
Queria ouvir do tal de Marinis, que sustenta a "tese" do Estadão, uma boa explicação para o crescimento robusto dos países com economia mais estatizada da América Latina... O país de Chavez e o país de Fidel.
Ah! Meus sais...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário