sexta-feira, julho 07, 2006

Produção industrial tem maior alta do ano, aponta IBGE

A produção industrial brasileira subiu 1,6% em maio na comparação com abril, segundo dados com ajuste sazonal divulgados nesta quinta-feira (6) pelo IBGE.

Trata-se da maior expansão desde dezembro passado, quando a alta havia sido de 2,5%. O aumento no ritmo de produção entre abril e maio atingiu 13 das 23 atividades acompanhadas pelo IBGE.

Na comparação com maio de 2005, a produção registrou alta de 4,8%. Analistas esperavam, pela média das projeções, expansão de apena 1% frente a abril e de 3,8% em relação a maio do ano passado.

"Esse desempenho reflete os efeitos positivos sobre o nível de atividade industrial decorrentes de um conjunto de fatores: oferta de crédito, crescimento do rendimento médio real e inflação em queda", afirmou o IBGE em relatório.

Entre os maiores destaques positivos estão veículos automotores (6,2%), alimentos (2,5%) e máquinas e equipamentos (3,1%). Por outro lado, as pressões negativas ficaram com material eletrônico e equipamentos de comunicações (-7,9%) e outros químicos (-2,7%).

O setor de bens intermediários sustentou o maior ritmo de crescimento (1,9%), seguido pelo segmento de bens de capital, que teve avanço de 1,8% frente a abril.  

A produção de bens de consumo semi e não duráveis teve ligeira alta de 0,4%. Já os bens de consumo duráveis, após crescimento de 1,6% em abril, registraram queda de 0,3% em maio.

Com um dia útil a mais em maio deste ano, a produção industrial cresceu 4,8% na comparação anual, o que se refletiu na alta em 23 das 27 atividades pesquisadas.

Dentre as indústrias com aumento de produção, os maiores impactos são de: veículos automotores, alimentos, máquinas para escritório e equipamentos de informática e a indústria extrativa.

Entre as categorias de uso, o setor de bens de consumo duráveis obteve a taxa mais elevada (8,1%), apoiado no aumento da produção de automóveis e eletrodomésticos. Segundo o IBGE, esse resultado poderia ser ainda mais elevado se o segmento não tivesse sofrido o impacto da queda na produção de telefones celulares (-17,4%).

A produção de bens de capital superou em 5,9% a de maio do ano passado, impulsionada pelos resultados positivos para energia elétrica, construção, transporte e uso misto.

A produção de bens intermediários cresceu 4%. Os destaques foram insumos industriais elaborados, peças e acessórios para transporte industrial, insumos industriais básicos, alimentos e bebidas elaborados para indústria e combustíveis e lubrificantes elaborados.

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