Em entrevista à radio CBN, nesta quinta-feira (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reafirmou que o país está pronto para crescer ainda mais nos próximos quatro anos. "Não houve momento na história econômica brasileira em que a gente tenha um conjunto de fatores tão positivos para que o Brasil cresça 5% ou 6% de forma sustentável durante um longo período. Isso fará com que o Brasil entre no rol dos países desenvolvidos", afirmou Lula ao apresentador e âncora da emissora, Heródoto Barbeiro, durante a entrevista de meia hora realizada no Palácio do Alvorada.
Além de relacionar os avanços já conquistados, Lula citou vários projetos de infra-estrutura que manterão o Brasil na rota do crescimento, como o gasoduto Coari-Manaus, a ferrovia Norte-Sul, a nova Refinaria de Pernambucano, o Pólo Siderúrgico do Ceará e o Pólo Petroquímico do Rio de Janeiro, entre outros. E, acrescentando à essa relação os investimentos em gás e em energias alternativas, como o biodiesel e o H-BIO, o presidente garantiu que, até 2008, o Brasil será um país independente na área energética.
O presidente Lula lembrou ainda que, no seu governo, o crescimento econômico foi acompanhado por um vigoroso processo de inclusão social e pela geração de novos empregos durante 44 meses consecutivos. "O que fizemos nesses 44 meses foi uma grande revolução. E a vida do trabalhador vai continuar melhorando porque a taxa de juros está caindo e a renda aumentando" disse Lula, citando que 90% dos acordos salariais proporcionaram ganho real para os trabalhadores e que mais de três milhões de pessoas deixaram a linha da pobreza.
Candidato à reeleição, Lula voltou a assumir o compromisso de fazer da educação a grande prioridade de um segundo mandato, pois "sem um investimento na educação não conseguiremos dar um salto de qualidade. Com uma mão de obra mais qualificada, teremos produtos melhores, possibilitando maior valor agregado aos produtos exportados", explicou. Para Lula, essa prioridade já se reflete na criação de quatro novas universidades federais, na transformação de seis faculdades em universidades, na implantação em curso de 48 extensões universitárias em todo o interior do país e na inauguração de 32 escolas técnicas até o fim do ano.
O presidente comentou também que a Reforma da Previdência Social tem que ser discutida a cada 15 ou 20 anos. Segundo ele, o déficit na previdência acentuou-se a partir da Constituição de 1988, quando um conjunto de categorias foi incluído entre os beneficiários, a exemplo de seis milhões de trabalhadores rurais. "Essa foi uma opção da Constituição, mas eu acho isso muito importante porque é uma forma de se fazer política de distribuição de renda".
De qualquer forma, o presidente lembrou que o seu governo tem buscado garantir a maior eficiência possível ao sistema previdenciário como forma de reduzir o atual déficit. "Nós estamos fazendo o processo de cadastramento da Previdência com o maior critério possível, compramos 26 mil computadores novos pro INSS, estamos reciclando o Dataprev e, além disso, estamos com crescimento de emprego", citou.
Sobre a Reforma Tributária, Lula disse que o seu governo já fez o que tinha para ser feito. "A parte pertinente ao governo federal foi votada em 2003, mas a parte dos Estados está no Congresso. O projeto está pronto, mas a oposição e alguns governadores não querem votar, porque querem manter a guerra fiscal", comentou ele, referindo-se à resistência dos Estados em reduzir o número de alíquotas do IMCS de 27 para cinco.
Com relação ao caso dos sanguessugas, Lula lembrou que as primeiras investigações foram promovidas pela Controladoria Geral da União (CGU), "de forma sigilosa para pegar a ninhada toda". E que o trabalho da CGU e a ampliação e modernização da Polícia Federal demonstram o compromisso do seu governo com o combate às fraudes e à corrupção.
quinta-feira, julho 27, 2006
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Todo dia tem uma denúncia nova desse Humberto...
"TCU multa ex-ministro de Lula por propaganda
O plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) multou o candidato do PT ao governo de Pernambuco, o ex-ministro da Saúde Humberto Costa, e o assessor adjunto de imprensa do Palácio do Planalto, Laércio Delgado.
As multas são de R$ 5 mil e R$ 13 mil, respectivamente, por uso pessoal do programa Rádio Saúde, do Ministério da Saúde. Delgado é o segundo da hierarquia da comunicação do presidente Luis Inácio da Silva
O jornal Estado de S. Paulo informou que os técnicos do TCU chegaram a propor que Laércio Delgado fique inabilitado por cinco anos para exercer cargo de confiança na administração federal. Ele pode recorrer em até 15 dias. "
http://noticias.terra.com.br/eleicoes2006/interna/0,,OI1088269-EI6673,00.html
Postar um comentário