quinta-feira, setembro 21, 2006

CARTEIRA ASSINADA: BRASIL TEM UMA DAS MAIORES TAXAS DA HISTÓRIA

Com mais 226 mil pessoas que passaram a ter carteira assinada em seis regiões metropolitanas em agosto, o Brasil registra umas das maiores taxas de emprego formal da história. A análise é do gerente da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, Cimar Azeredo, em entrevista a Paulo Henrique Amorim nesta quinta-feira, dia 21 (aguarde o áudio).

“A população ocupada subiu 1,1%, isso é praticamente uma das maiores variações de mês a mês que a pesquisa mensal de emprego aqui do IBGE tem mostrado nos últimos anos da pesquisa”, explicou Azeredo. Segundo ele, 472 mil brasileiros conseguiram um emprego com carteira assinada no último ano.

O desemprego caiu de 10,7 para 10,6% de julho para agosto. Já o rendimento médio do trabalhador brasileiro cresceu 3,5% de agosto de 2005 para agosto de 2006, segundo o IBGE.

Leia os principais pontos da entrevista com Cimar Azeredo:

O mercado de trabalho contrata mais e o nível da ocupação sobe. Há mais pessoas que trabalham com carteira assinada.

O mercado está mais formal e com rendimento mais alto. A situação no mercado de trabalho é favorável hoje.

Com o rendimento maior, a população ocupada passa a ter um poder de compra maior. Isso pode ser considerado um estímulo para as pessoas entrarem no mercado de trabalho.

O setor de serviços cresceu 2,5% de julho para agosto. São trabalhadores ligados às áreas de hospedagem, turismo, alimentação, setor cultural, de recreação, e também de pessoas contratadas para trabalhar na campanha eleitoral, como os cabos eleitorais.

O IBGE não consegue separar quanto desses 2,5% se devem às contratações no período da campanha eleitoral.

Os meses de agosto de 2006 e de 2002, anos eleitorais, são períodos bastante similares, ou seja, a taxa de ocupação aumenta. A eleição dá emprego, mas também gera expectativa que gera a taxa de desemprego.

Cimar Azeredo traçou o perfil dos desempregados. A maioria é jovem; pessoas que buscam o primeiro emprego. Há ainda grande parcela de mulheres que não são responsáveis pelo seu sustento na procura por emprego.

Fonte: http://conversa-afiada.ig.com.br, de Paulo Henrique Amorim

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