terça-feira, maio 23, 2006

Mainardi vai ao STF para saber quem é

Diogo Mainardi está angustiado, corroído por dúvidas existenciais: será ele o "bandido, mau-caráter, malfeitor e mentiroso" referido pelo presidente Lula?

Em vez de procurar um psicanalista, psicólogo ou psiquiatra escolheu o STF para tirar as dúvidas sobre a sua índole. O caso é fascinante, tem tudo para criar jurisprudência e/ou ser relatado num colóquio científico sobre a perda de identidade.

Não é todo dia que aparece na suprema corte um cidadão que reclama um atestado de maus antecedentes e maus bofes para habilitá-lo a ganhar algumas moedinhas numa ação para defender o seu bom nome na praça. Se o STF considerar que o reclamante não é aquilo que foi dito sobre ele, perde os 38.500 dólares que pretendia cobrar do presidente. Mas se os meritíssimos forem justos e reconhecerem que o parajornalista cabe perfeitamente no retrato falado, habilita-se à uma indenização.

Bingo!

(Por Alberto Dines, no Observatório da Imprensa. Vale a pena ler também a promoção do delirante colunista de amenidades a uma seção mais nobre daquele amontoado de letrinhas semanais que dedica sua existência a a elaborar ataques baixos contra Lula e o PT. Aqui.)

Pergunta que não quer calar: e se o STF decidir que ele é mesmo o Bolsonaro? Qual dos dois é o ofendido?

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