segunda-feira, abril 16, 2007

Tremenda cara-de-pau essa Míriam Leitão

Eu venho cantando a pedra aqui neste espaço já faz um tempo. Está em curso uma ofensiva da mídia tucanalha-demoníaca contra os evidentes progressos e as boas expectativas do segundo governo Lula.

A perspectiva da oposição "se arruinar", como se expressou o deputado Aleluia (PFL), já é admitida. Já admitem também, abertamente, que o PAC pode matar as chances de sobrevivência dos - por assim dizer - "Democratas".

Vez ou outra até escapa uma saudação aos novos tempos da economia brasileira pela boca de quem vive a exconjurar o governo. Matéria favorável ao governo na Veja aqui, elogio do Sardenberg na CBN ali, um reconhecimento pela redução da desigualdade, pela Míriam Leitão, acolá.

Nada muito desabrido - e qualquer elogio é sempre seguido de dez ressalvas. Como no caso do crescimento do PIB, sempre citado como "à frente apenas do Haiti" (e dá vontade de tomar o microfone da rádio e completar, provocando: e muito atrás da campeão de crescimento na América Latina, Cuba, com mais de 12% em 2006!).

Veja-se a Míriam Leitão, porta voz dos anos FHC. Parece ter sido fortemente admoestada pela companhia a que serve em razão da saudação que fez ao estudo do IPEA atestando a queda do referido índice de desigualdade. Saiu-se com esta correção tardia: "Penso que a notícia é boa para o país e, sinceramente, quem entende o processo econômico sabe que ninguém pode se atribuir o feito. É obra coletiva."

Ou seja, não tem nada de meritório para o governo Lula o fato de o processo político e social que coincide com a redução da desigualdade no país estar em perfeita sincronia com as ações e políticas da atual administração. Haja paciência para tamanho sofisma.

Outra pérola eu ouvi na CBN, dela mesmo. Injuriou-se a comentarista pelo fato de que Chávez tenta "pautar" o Brasil em relação à política energética do continente sul-americano. Pra quem adora falar de pragmatismo e outros quejandos, soa estranho a chorumela de que o Brasil se deixa enredar pelos esforços de propaganda do venezuelana e por isso corre o risco de abandonar os próprios interesses estratégicos. É fazer pouco da seriedade (e inteligência) de nossa política externa.

Tem mais bobagem no blog da moça. Mas não vou gastar meu neurônios, nem o do prezado leitor, com tanta baboseira. Apenas cito o esforço dela para agradar os patrões ao fazer coro com Veja e Estadão (logo quem!), assumindo como coisa séria a campanha contra a Infraero e o Banco do Sul.

Quer passar raiva, vai lá: http://oglobo.globo.com/economia/miriam/

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