terça-feira, abril 10, 2007

63% dos brasileiros aprovam o desempenho pessoal de Lula, diz pesquisa

Cerca de 63,7% dos brasileiros aprovam o desempenho pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O dado foi divulgado nesta terça-feira em pesquisa realizada pelo Instituto Sensus, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). Foram entrevistas 2 mil pessoas em 136 municípios de 24 Estados, entre os dias 2 e 6 deste mês de abril.

Segundo a pesquisa, cerca de 28% desaprovam o desempenho pessoal de Lula.

Já a aceitação do governo ficou em 49,5%. Quase 15% dos entrevistados acham o governo ruim ou péssimo e 34,3%, regular. Esta aprovação é a maior do presidente desde janeiro de 2003 (quando Lula tomou posse). Na época, o índice apontava 56,6%. Antes a aprovação mais elevada havia sido em agosto de 2003, com 48,3%.

Segundo mandato

Para 54,8% dos entrevistados, o segundo mandato será melhor que o primeiro governo do presidente Lula. Cerca de 19% acreditam que o segundo mandato será pior e 18,7% avaliam que os dois períodos serão iguais.

Violência


Um dado que chama a atenção foi o da percepção da violência. Nove em cada dez entrevistados (90,9%) acreditam que a violência aumentou. Cerca de 60% acham que a segurança pública piorou nos últimos seis meses. Para 21,1%, ficou igual e melhorou para 16,5%.

A maioria dos entrevistados atribuem a violência à pobreza e à miséria (24,1%). Em seguida, vêm as falhas na Justiça (19,1%), o tráfico de drogas (19%), as leis brandas (15%), a corrupção policial (11%) e a falta de policiamento (7,6%).

A ação de bandidos é apontada como de maior risco à segurança dos entrevistados (71,7%) e em segundo lugar vem a ação de policiais (20%).

Quase 30% atribuem a responsabilidade pela segurança pública ao governo federal e 16,7% aos governos estaduais. As administrações municipais são responsabilizadas por 12,6% dos entrevistados.

Sobre pena de morte, a aprovação subiu de 43,7% em maio de 2003 para 49% em abril de 2007. Apesar da exposição do assunto na mídia, a redução da maioridade penal perdeu defensores. Ainda assim, a medida é aprovada por um grande número de pessoas. Dos 88,1% favoráveis em dezembro de 2003, a aprovação caiu para 81,5% dos ouvidos. Os contrários à mudança na lei subiram de 9,3% para 14,3%.

Emprego e economia

Na avaliação de 35,5% dos entrevistados, a situação do emprego piorou; ficou igual para 31,1% deles e melhorou para 29,7%. Em relação à renda, esta ficou igual para 49,7% deles, diminuiu para 28,4% e aumentou para 20,3%.

O atendimento à saúde piorou para 46,1% e à educação, para 29,8% dos entrevistados.

Já a expectativa geral para os próximos seis meses é melhor nos cinco itens. A maioria dos entrevistados acha que vai melhorar a situação do emprego (50,3%), da renda mensal (49,2%), do atendimento à saúde (47,7%), da educação (53,5%) e até da segurança pública, que também deve melhorar para 42,1% dos entrevistados, contra 26,5% que acham que vai piorar.

Índice do Cidadão

Um novo ítem foi incluído na pesquisa deste ano. O Índice do Cidadão reúne emprego, renda, saúde, educação e segurança pública e se divide entre avaliação dos último seis meses e expectativa para os próximos seis meses.

Numa escala de 0 a 100, a avaliação dos últimos seis meses ficou em 42,48 e a expectativa para o próximo semestre ficou em 66,58. O destaque nesse último quesito é que pelo menos 40% da população acredita que todos os cinco itens pesquisados apresentarão melhora nos próximos seis meses.

PAC

Apesar de ser o carro-chefe do segundo mandato do governo Lula, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ainda é bastante desconhecido e apenas 18,6% dos entrevistados acreditam que ele vai ajudar o Brasil a crescer. O levantamento mostra que 59% dos entrevistados não ouviram falar do PAC, enquanto apenas 32,2% acompanham ou ouviram falar sobre o assunto.

Crise aérea

A Pesquisa CNT/Sensus apresenta ainda o sentimento do cidadão brasileiro em relação à crise na aviação, ao identificar, na opinião da população, quem são os responsáveis pelos problemas no setor. Segundo a pesquisa, 54,9% dos entrevistados têm acompanhado o assunto e 27,1% apenas ouviram falar.

Quase um quarto dos ouvidos pela pesquisa (25,8%) atribuem a responsabilidade ao governo federal e 15,1%, aos controladores. As companhias aéreas são responsáveis pela crise aérea para 10,9% dos entrevistados.

Para 9,9% a Aeronáutica é a culpada pelos atrasos nos vôos e 9,3% atribuem a crise à Infraero.

Do IG

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