(Sabrina Craide, repórter da Agência Brasil)
Brasília - As políticas sociais na área do trabalho e emprego possibilitaram uma recuperação dos salários e a ampliação do emprego formal, seguidas do aumento da taxa de cobertura dos segurados da Previdência no ano passado. A análise consta da 14ª edição do estudo Políticas Sociais: Acompanhamento e Análise, divulgado hoje (13) pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea).
O número de empregados com carteira assinada passou de 39,7% em 2003 para 41,4% em 2006. Já os empregados sem carteira passaram de 15,5% para 14,8% no período e o número de autônomos caiu de 20% para 19,1%. Isso ocasionou o aumento da contribuição previdenciária total. Entre 2003 e 2006, a proporção de pessoas que contribuem para a Previdência aumentou 11,9% no país.
Também foi constatada uma queda na desigualdade de rendimentos. Os menores salários tiveram os maiores ganhos reais, com até 9,6% entre os 30% mais pobres. Segundo o estudo, isso foi motivado pela valorização do salário-mínimo, pela ampliação da ocupação e pelo aumento da participação previdenciária. Os mais bem remunerados tiveram aumentos menores, com ganho real de 3,7% entre os 20% mais bem pagos.
"A recuperação do salário é um dos elementos mais importantes, porque foi acompanhada da ampliação do emprego formal. E isso é fundamental porque aumenta a taxa de cobertura de segurados da Previdência, que vinha em queda e volta a subir", afirmou o diretor de Estudos Sociais do Ipea, Jorge Abrahão.
Segundo ele, hoje 45% da população economicamente ativa está coberta pela Previdência. Para Abrahão, o ano de 2006 foi "extremamente interessante" para o mercado de trabalho.
"É possível afirmar ter havido uma melhora geral das condições ocupacionais no mercado de trabalho metropolitano brasileiro em 2006, comparativamente aos anos imediatamente anteriores", afirma o estudo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário