(do blog Os amigos do presidente Lula)
A Mesa Diretora do Senado decidiu arquivar a representação contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) O tucano Eduardo Azeredo escapou de o processo disciplinar pelo envolvimento com o chamado "mensalão mineiro" por decisão unânime. Veja aqui as provas, os documentos examinados pela Polícia Federal que prova que existiu o valerioduto tucano.
Azeredo e outros políticos mineiros se beneficiaram do esquema operado por Marcos Valério para arrecadar recursos de caixa dois na campanha de 1998. De acordo com a Polícia Federal, parte do dinheiro utilizado no esquema teria sido fruto de desvio de órgãos públicos de Minas Gerais
Auditorias da Secretaria da Fazenda de Minas, feitas de 1997 a 2000 e que examinaram os gastos de publicidade do governo do tucano Eduardo Azeredo (1995-1998), apontaram despesas irregulares de R$9,97 milhões - entre os quais prevalecem pagamentos às agências SMPB e DNA, de Marcos Valério.
Segundo a Polícia Federal, por recursos do valerioduto tucano, um ex-líder do PSDB na Assembléia e a mulher de Clésio Andrade (ex-vice de Aécio e ex-sócio de Valério).
O valerioduto tucano, segundo a PF, foi um esquema operado por Valério, por meio de suas agências, para ocultar origem e destino de ao menos R$28,5 milhões em recursos públicos desviados e verbas privadas não-declaradas à Justiça que financiaram, em 1998, a campanha à reeleição de Azeredo, hoje senador, e aliados. Entre as irregularidades apontadas nas cinco auditorias, estão pagamentos a mais, promoção de autoridade em publicidade estatal, gastos sem empenho (reserva orçamentária) prévio, apresentação de fatura como comprovante de despesa (o correto é nota fiscal) e serviços sem comprovação.
Dos cinco servidores responsabilizados nas auditorias pelas despesas irregulares, estão Álvaro Azeredo, irmão do senador e seu secretário da Casa Civil e Comunicação no governo, e Denise Landim, tesoureira da campanha de Azeredo em 1998 e detentora de cargo de confiança no governo Aécio.
Auditorias
A auditoria 320.154.98, de 1998, analisou a propaganda em 1997 e 1998. Constatou, por exemplo, cerca de 185 referências positivas a membros do governo - a Constituição veta promoção de autoridades na publicidade - em 20 informes pagos na TV e em jornais. Exemplo: no suplemento pago "Educar Minas", publicado em abril de 1998, há menção ao então vice-governador e atual ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia (PTB).
Diz o informe: "[...] essa revolução [na educação], que teve seus primeiros movimentos ainda no governo Hélio Garcia [1991-1994], quando o secretário da Educação era o atual vice-governador Walfrido dos Mares Guia, tomou no atual governo um impulso inédito".
A revisão das auditorias pelo TCE dá baixa no R$1,7 milhão de despesas apontadas como irregulares por promoverem políticos. Diz que as referências "não buscaram a elevação de seus méritos e virtudes".
Julgamento
O buraco na publicidade do governo Azeredo virou o processo administrativo 690.709 do TCE, ainda sem julgamento. O presidente e o vice do tribunal - Elmo Braz e Wanderley Ávila - eram candidatos a deputado estadual em 1998 (por PSDB e PP) e confirmaram à PF ter recebido dinheiro (R$21 mil e R$6.000, respectivamente) do valerioduto. Ávila é o relator do processo.
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